quinta-feira, 1 de março de 2012

Para os que ficam, bye, bye - Parte IV

Continuação...

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Leia a terceira parte
Leia a quinta parte


Depois que todos foram embora da casa de seu Antero, daquele churrasco que ninguém acreditava que estava acontecendo, ele acomodou Leonor em seu quarto e foi até o oratório conversar com sua amada Dorotéia:
- Oi, amor... Queria lhe dizer que morro por sua falta... Que nunca existiu dor maior do que do dia em que você se foi... Mas me perdoa? Me entenda, sim? Eu preciso tentar recomeçar, ter alegrias, para poder suportar o que me resta de vida sem sua companhia. Você é meu amor eterno, minha alma gêmea, e conto os dias para poder reencontrá-la, esteja onde estiver, eu lhe procuro e lhe acho! Me perdoa, meu amor.... Me perdoa! - e fez uma oração com lágrimas nos olhos e se recolheu ao quarto.
Nem bem amanheceu e já estava Antoine esperando pelo pai, na sala:
- Antoine, meu querido filho, o que lhe tirou da cama uma hora dessa? - disse, com a voz mais alegre do que nunca.
- Pai, posso conversar com o senhor, em particular? - respondeu, olhando para a bela Leonor.
- Venha, filho, vamos tomar o café que a Guida preparou, venha! - disse, puxando o filho pelo braço e praticamente arrastando-o até a copa, onde estava posto um belíssimo café da manhã.
- Obrigado, pai, mas já tomei meu café. Eu espero pelo senhor no escritório. - e saiu, pisando firme, como se estivesse emburrado.
Antoine, imediatamente ligou para Luiz e o informou o que estava acontecendo naquele momento. E lamentou encontrar o pai assim, tão disposto, com uma pessoa que ninguém conhecia, que certamente seria uma aproveitadora da ingenuidade de um senhor endinheirado, que perdeu completamente a noção dos bons costumes. Depois desligou o celular e continuou esperando.
Já seu Antero e Leo, se divertiam no café, com tantas guloseimas, tantos doces, pães, patês, que ficaram perdidos com tantas gostosuras. Ele já nem se lembrava mais como era prazeroso se sentar à mesa para saborear uma refeição com calma. Fazia isso sempre com sua amada Dorotéia, mas era sempre apressado,  atrasado,  com coisas mais importantes para resolver do que saborear uma mesa bem posta.
Depois de muitas gargalhadas, de bocas com "bigodinhos" de leite, barriga estufada de pães, ele pediu licença e foi se encontrar com o revoltado Antoine.
Entrou na sala cantarolando "Love me Tender" de seu ídolo Elvis, cantou bem alto, de braços abertos, na frente de Antoine: "Love me tender, love me true..."; esperando alguma reação positiva do filho, achando que todos estavam contentes com sua felicidade pós sofrimento. Que nada! A única coisa que Antoine conseguia pronunciar era que o pai estava ridículo e que estava humilhando sua mãe que acabara de falecer.
- Muito bem, Antoine, a que devo a honra de sua visita? - perguntou, se sentando ao seu lado, num sofá confortável de couro legítimo, preto.
- O que está acontecendo com o senhor, heim? Ficou maluco? Que mulher é essa? Vai gastar toda a sua fortuna com alguém que nem conhece? - despejou o filho com ar de deboche.
- Estou feliz; não estou maluco; essa mulher é Leonor, minha namorada; o dinheiro é meu e gasto como achar melhor. Mais alguma pergunta? - retribuiu as respostas no mesmo tom de seu filho, com deboche.
- Pai, isso não está certo, que mulher é essa? Já esqueceu a mamãe? - perguntou indignado, segurando o braço do pai.
- Não está certo o quê? Eu viver? Ser feliz o resto de tempo que tenho? A sua mãe é e sempre será a mulher da minha vida, mas ela não está mais aqui; e eu tenho que viver hoje, agora! - respondeu num tom mais alto, nervoso e dando um murro no sofá. - Olha, filho, se você veio aqui me criticar, me recriminar, e com intenção de acabar com o meu prazer, está perdendo o seu tempo. Se for só isso, pode ir embora cuidar da sua vida, que é muito rica e necessita da sua atenção o tempo todo. - se levantou, abriu a porta e convidou o filho a se retirar.
Antoine foi embora emburrado, indignado e disse que isso não ficaria assim.
Voltando para a copa onde estava Leonor tomando café, não a encontrou. Foi até a cozinha perguntar a Guida onde ela estava e a encontrou lá, lavando a louça que sujara.
- Desculpe, seu Antero - disse Guida - mas eu disse a ela que não precisava se incomodar, isso é serviço meu! - respondeu agoniada, temendo levar uma bronca.
- Tudo bem, Guida, não se preocupe. - e abraçou Leonor por trás, lhe beijou as costas, enxugou suas mãos e a arrastou até a varanda. - Querida, não precisa se incomodar, a Guida dá conta de tudo! - disse carinhosamente, beijando aquela boca perfeita da morena.
Mais tarde, se arrumaram e foram passear pela cidade.


Continua...

7 comentários:

  1. ossa, tá bom demais!!!Os filhos vão ter que aceitar ou Leonor quer dar o golpe? Tcha,tchan... beijos,chica

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  2. Aguardando e batendo o pé no chão!!!!

    Quero só ver!!

    Outra "Cidade dos Anjos" eu não aguento.

    Beijuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    KK

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  3. Tá ficando bão!!!

    Esperando o desfecho...

    Lindo dia p/ vc!

    Beijooooooooooo

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  4. clara, clara, ta envolvente.... que bom. estas habilidades são preciosas demais... prossiga clareando nossas mentes, até que elas sejam claras - abraços lamarque

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  5. E amanhã, 6ª feira, será "para os que ficam bye bye ??????"
    Doida para saber rsrsr
    Beijos.

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  6. Li as partes que não tinha lido e agora esta IV quarta parte esta realmente muito envolvente.Os filhos vão aceitar?...
    O que vai acontecer daqui pra frente?...
    Beijos.

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  7. Clara e eu que estava chamando o Antero de Antenor para o Giu... Ahahahahaha, agora que notei minha confusão. A parte de Love me Tender ficou muito boa!

    Abraço!

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