O medo!
Para falar melhor: o pavor!
Engraçado que muitas vezes somos influenciados por pessoas medrosas e nos tornamos medrosas tanto quanto.
Me lembro de minha infância, meus pais eram um tanto calados, sem muita conversa, sem gostar de muitas coisas; bem, e eu queria porque queria ter um cachorro.
- Deus me livre de cachorro! Dá muito trabalho! Não, porque não!
Tudo bem, eu até era comportada, e o respeito a eles era mais por medo e não por respeito.
- Não faça isso senão conto pro seu pai!
- Me desobedece pra você ver... seu pai já tá chegando!
- Seu pai não quer que você fique na rua, entra pra dentro, agora!
Estas são frases que eu ouvia diariamente, e fez com que a imagem que eu sempre tive de meu pai fosse essa: medo! E o pior disso tudo: ele era assim mesmo.
Mas eu gostava de cachorro, amava os de minhas amigas, mas me conformei com a situação.
Tanto é que quando marquei casamento (aff), a primeira coisa que me veio à cabeça foi: eu vou ter um cachorro! E a primeira coisa que comprei para minha casa nova foi um cachorro. Tootsie. Uma capa-preta linda, sapeca, arteira, mas que infelizmente ficou pouco tempo conosco. O espaço era muito pequeno e ela cresceu muito, então a levamos para viver em uma chácara. Mas era muito brava a lindinha. Nem eu tinha tanta confiança assim em chegar perto.
Lembrando disto agora, eu vi que talvez o medo que eu sentia dela, que na verdade era um doce, já estava na minha mente, de tanto ouvir que cachorro é bravo, que pai é bravo, que avô é bravo. Então, qualquer rosnada que Tootsie dava, eu ficava em pânico.
Agora falando do medo geral, alguém saberia me dizer, como é que se controla o medo, numa situação de medo?
Se você está andando pela rua e vem um cachorrão enorme correndo atrás de você, como controlar?
- Não demonstra medo que o cachorro sente e te morde! Não corre que ele te pega!
Como assim, não demonstrar medo? Estamos em pânico, e é claro que o cachorro vai perceber isso. Como é que você vai continuar andando normalmente sabendo que o cachorro está correndo em sua direção?
Muitas vezes eu vejo em reportagens, algum especialista dando dicas de como se portar em situação de pânico:
- A primeira coisa: manter a calma. Não reagir.
Eu adoraria conversar com um deles e perguntar exatamente isso: como manter a calma? Quem é que se lembra de que calma existe, estando numa situação de pavor? Como é que vamos nos lembrar, por exemplo, se eu estou afogando e não sei nadar, como manter a calma, cidadão? Ou a gente morre, ou a gente morre! Quem tem que manter a calma é quem vai me salvar!
E quando acontece alguma tragédia, com morte, por exemplo, sempre tem alguém com a mania de chegar até nós e ficar dizendo: calma, calma, Deus sabe o que faz!
Tudo bem, Deus sabe o que faz, mas eu não sei o que faço, e no momento eu quero sofrer, quero gritar, quero chorar...
É difícil dos dois lados, tanto para quem está dando uma notícia, quanto para quem está recebendo uma notícia. Não tem como amenizar, dê a notícia e fique ali segurando a pessoa, só isso! Ela nunca vai ter calma nessa hora, nunca!
Medo até conseguimos superar, apesar de saber que é o moderador de nossas atitudes. Mas pânico, só com tratamento médico.
Agora, pânico em situações, não tem controle. A pessoa vai sofrer, e nem saber que existe a tal da muita calma nessa hora.
Eu já tive (ainda tenho vestígios) de síndrome do pânico, fobias. Dá para controlar, mas não é do dia para a noite, e, infelizmente, muitos ainda acham que é frescura. Graças a Deus, o que os outros acham ou pensam não interferem em minha vida. Eu sei o que sou e sei o que sinto. E quem me ajuda estudou anos e sabe o que é melhor para mim no momento. Certo, doutor?
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Não corre que ele te morde!
Marcadores:
comportamento,
valores
Escrevo sobre a vida e os momentos específicos emocionais.
Assuntos relacionados sobre a mente humana e como conviver com o outro sem a necessidade de mudá-lo.
O conhecimento é primeiro processo de cura.
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Medos são fogo e quando convivemos com medrosos, pior ainda. Eu tenho muitos medos:aranhas,cobras, ladrões,bandidos.tantos outros...Mas convivo bem com eles,rsrs
ResponderExcluirbeijos,chica
Olá Clara!
ResponderExcluirÓtimo post!
Freud iria gostar muito, irei indicar a ele!
Com certeza, se você pedir a alguém em momentos como este ela jamais terá calma!
Clara, a irmã do Lucas irá aparecer hoje. Ela está estudando na Europa e você nem pra me dizer não é!
Abração!
Ter medos eventuais, todos temos. Quando já é síndrome de pânico só um especialista para corrigir.
ResponderExcluirBeijos.
Olá,
ResponderExcluirque post bacana!!! Concordo em gênero, número e grau. E explicar isso para nossos filhos é um desafio. Não queremos inserir medos, mas queremos alertar para os perigos...Difícil pra caramba!
Beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
Dica nº 1 - Na frete de um cachorro:
ResponderExcluir- São Roque, São Roque, São Roque, São Roque. Diga isso e o cachorro já te achar um débil mental e não valeria a pena te dar uma dentada.
Dica nº 2 - Na frente de um ladrão:
Pegue seu guarda-chuva - todo mundo, nas cidades do interior tem - e meta na cabeça do ladrão.
Dica nº 3 - Nas outras situações:
Antes de sair de casa tome uma dose de uísque misturada num potinho de Actívia.
Saia de casa cagando, peidando e andando para tudo que te aborreça.
Às vezes funciona!!!
hahahahahahhahahahahahahaha
KK
Anônimo....
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kk
gente, olha isso!!!!
querem dicas melhores que estas?
ah, eu mereço! rsrsrsrsrsrsrsrs
Clara,não dá mesmo pra controlar o medo!Ele vem sem que a gente perceba e toma conta!O que podemos fazer é trabalhar tudo isso em nós para melhorar e não morrer do coração!...rss...e vamos que vamos!bjs e meu carinho!
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