Amor Feinho
Eu quero amor feinho
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero um amor feinho.
Do livro: Bagagem. Adélia Prado.
Bom dia amiga Clara, obrigado por sua presença lá no blog, apesar de minha ausênia da blogsfera.
ResponderExcluirGrande abraço, saúde e paz interior.
Adélia é maravilhosa.Escolheste muito bem! bjs, chica e lindo dia!
ResponderExcluirOi, Clara!
ResponderExcluirO amor para quem tem ou sente, nunca é feinho, né mesmo!?
Aprendi a gostar da Adélia através do meu ídolo Rubem Alves que sempre a cita em seus livros e ela é mesmo uma poetisa sensível e bem atual.
um abraço carioca
(Te espero para assinar o abaixo assinado pelo tatu-bolinha lá no meu blog, ok.)
Que lindo poema, Clara. Não conhecia essa poetisa brasileira. Nós festejamos o Dia dos Namorados em Fevereiro, aqui em Portugal. Ouvi dizer que há uma campanha aí no Brasil, de boicote à copa, porque começa no Dia dos Namorados. É verdade? Isso quer dizer que muita namorada vai jantar sozinha, não? Hehe
ResponderExcluirAbraço
Ruthia d'O Berço do Mundo