tar com nossas precisões. Para ele estava sempre tudo tão bom! Mas papai já tinha saído enquanto mamãe sonhava. Mamãe fez um muxoxo e voltou ao trabalho. Descascava legumes para o almoço. Na copa, eu cortava papel Kraft para encapar cadernos, minha especialidade. Essa tarefa era sempre minha e a executava à perfeição. Todo início de ano letivo pilhas de cadernos e livros de todos os irmãos passavam por minhas mãos para as capas bem cuidadas, milimetricamente medidas e cortadas. Ainda cuidava de etiquetar, escrevendo nome, matéria, série, tudo o que importava saber para identificar o dono do caderno. Adorava meu ofício, mas estava atenta na conversa de papai e mamãe.
Papai voltou mais tarde e
encontrou mamãe com o almoço pronto e com a pulga atrás da orelha.
- Netto - perguntou ela - quando disse que estava folgado e que podíamos
comprar alguns luxos, você pensou em alguma coisa? - Era a deixa que papai
esperava. - Pois é, Maria - disse ele - Pensei que já está na hora de
comprarmos um carro - sem se lembrar do fato de que nunca aprendera a
dirigir. Mamãe matou a charada na hora: - Ah, Netto, garanto que isso é
ideia de Eliana! Pois se eu já custo a segurá-la a pé, como é que vai
ser se essa menina estiver motorizada? Deus me livre! Pode esquecer! - E
papai sorriu, fez aquela carinha de biscoito e nunca mais tocou no
assunto...
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Lindo conto.Gostei muito de ler! beijos,tudo de bom às duas!chica
ResponderExcluirOlá, Clara.
ResponderExcluirBelo conto; as pessoas consideradas sonsas ás vezes podem surpreender e nos ensinar uma lição.
Abraço.
kkkkkk, adorei o conto!
ResponderExcluirbjs
Jussara
Oi Clara!
ResponderExcluirOi Eliana!
Muito legais estes causos.rssss
Boas recordações, imagino a cena.rssss
Beijinhos!
Amei o "carinha de biscoito"... rs
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