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sexta-feira, 7 de março de 2014

Feia


Um texto que copiei do querido amigo que mora no Japão e que tem o blog Lost in Japan. Um encanto de pessoa, apaixonante, educado e lindo! Cliquem e conheçam um pedaço do Japão pelos olhos desse menino.

Para quem quiser comprar, tem esse link AQUI,

"Feia", de Constance Briscoe.
Biográfico. Triste, pesado, daqueles que arrepia e vc precisa ir tomar água para dar um respiro mental.. Quando seu maior inimigo é.... sua mãe.

Na autobiografia "Feia: A História Real de uma Infância sem Amor" (Bertrand Brasil, 2009), que chegou ao primeiro lugar nas principais listas britânicas de mais vendidos, a autora deixa o leitor atordoado com as descrições das surras e da total falta de amor de sua mãe. "Ela me dava tapas no rosto quando eu fazia bagunça e me beliscava no peito quando eu estava perto o bastante dela", diz um trecho do livro, que antecede um desabafo: "Eu nunca soube por que a minha mãe queria filhos. Nem uma só vez eu pensei que ela gostasse de mim ou dos meus irmãos e irmãs."

Essa violência física e emocional dentro de casa fez com que Constance desenvolvesse caroços nos seios --uma situação médica rara para uma criança-- e perdesse os cabelos. Aos 13 anos, foi abandonada em casa, sem gás, luz e comida, e chegou a trabalhar em três lugares diferentes para conseguir se manter viva (a mãe também cobrava "aluguel" pela permanência da filha no local).

Além de viver em meio a socos e gritos de "imbecil de merda" e "vagabunda safada", ela também cresceu ouvindo insultos em relação a sua aparência:

"- Jesus amado, eu que pus isso no mundo? - Ela olhava para a fotografia e para mim. - Deus meu, meu bom Deus, como é que ela pode ser tão feia? Feia. Feia. Se eu não tivesse posto ela no mundo, jurava que ela era de mentira. Jesus, amor e gratidão, por que me deste este leitão? Olha esse nariz. Onde que você arranjou esse nariz? De mim que não foi - disse a minha mãe, respondendo à sua própria pergunta. - Se eu tivesse um nariz assim, cortava metade fora e guardava o resto."

Mas, apesar de ser angustiante e perturbador, o relato comovente de Constance Briscoe serve para ressaltar, também, sua capacidade de superação. Mesmo com todas as dificuldades, que pareciam insuperáveis, ela seguiu seu sonho, sozinha, e passou na universidade. Atualmente, Constance trabalha como advogada e, em 1996, tornou-se juíza.


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É claro que esse tipo de leitura choca um pouco. Não dá pra imaginar uma pessoa tão cruel assim, mesmo sabendo que existem muitas pessoas crueis. O que vale é o poder de superação que também não se explica. Alguns têm e outros não, assim como a bondade, uns têm mais e outros têm menos. 
Quantas histórias medonhas ouvimos praticamente todos os dias? Sensacionalismos, cárcere privado por anos e anos, maus-tratos, assassinatos, enfim, esse livro retrata o que o ser humano é capaz de fazer com quem deveria simplesmente amar.
Não o li ainda, mas já estou morrendo de dor no coração só de pensar em lê-lo.
Se a indicação é de Mauj Alexandre, pode confiar que é boa.

Um ótimo fim de semana pra todos!


11 comentários:

  1. Adoro o blog do Alexandre e essa história é arrepiante de verdade.Deve dar uns nós nas tripas,rs bjs, lindo fds! chica

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    1. Acho que sim, Chica, e o melhor é o poder de superação da moça. Só por Deus mesmo!
      Beijos, lindo findi também, gaúcha!

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  2. Clarinha,
    também confio na indicação do Alexandre.O tema é de arrepiar, apesar de sabermos de tantas barbáries cotidianas, ainda assim, faz tremer o coração.

    Bom final de semana.
    Bjos,
    Calu

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    1. Faz, Calu, e a gente fica indignado. Essas maldades sempre existiram, infelizmente... e ainda existem sim... triste!

      Bom fim de semana também, querida!

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  3. Há muitas mulheres reais que não deveriam ter filhos pois não sentem amor nenhum nem pelos filhos e nem por ninguém.O blog do Alexandre é lindo, sou seguidora.
    Abraço!
    Sonia

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    1. A gente fica por entender porque existem mulheres assim, sem um pingo de amor no coração... mas, enfim.... cada um cada um...
      O Ale é especial pra gente!
      Beijos

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  4. Maravilha de indicação! Vou já anotar o título para comprar pro nosso acervo da biblioteca. Tenho certeza que será sucesso de procura e empréstimo aqui.
    Bjs

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    1. Quero ler esse livro. Roseli, sei que vou sofrer muito, mas quero ler!
      Beijos, lindona!

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  5. Minha mãe é assim. Não com assuntos de estética ou beleza, mas com todos os outros tratamentos e comportamentos sociais. Infelizmente...
    Agradeço por ser só comigo, já que minhas irmãs têm tratamento diferenciado.

    Vida que segue.

    Beijuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..

    KK

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    1. Sinto muito, meu querido... isso dói o coração da gente... e que Deus lhe abençoe sempre!
      Love.u
      Beijos

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  6. Sua indicação sempre é boa, Ale, nós confiamos!
    E o carinho é recíproco, né? rsrsrs
    Beijos, querido!

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