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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Esse eu não mato!

Texto publicado em 18 de julho de 2011.

Esse eu não mato!


Sexta-feira, estávamos meus filhos e eu tranquilos em casa quando toca o interfone - na verdade é campainha, porque o fone do interfone não funciona:

- Diz pra sua mãe que entrou uma ratazana enooooooorme aí na garagem. - alguém do outro lado passou a informação.

Pronto! Pânico no ar.

Primeira coisa: fechar tudo quanto é buraco; agora ninguém entra, ninguém sai.

Passou o tempo, minha filha e meu filho saíram pra comprar sorvete, voltaram e viram a talzinha escondida atrás de um vaso, com o rabo pra fora.

- Mãe, corre aqui!!! - gritou minha filha.

Corri nada, continuei a fazer não sei o quê.

- Mãe, mãe, mãe, mãe.... - continuou, agora berrando, minha filha.

Filho tem essa mania, parece que quer decorar o nome "mãe" e fica repetindo sem parar. Fui lá e vi a grandona.

Eles entraram com os sorvetes e um picolé pra mim.
- Corre lá chamar o Wilson pra matar isso daí! - Pedi pra um deles chamar o vizinho.

Nisso meu filho já pegou uma vassoura e foi lá cutucar a bicha, e eu fiquei dentro de casa "esperando".

Geralmente não tenho medo de bicho, pois quando a gente mora sozinha durante muito tempo aprende a fazer de um tudo e bicho nunca me passou medo. Mas esse era grande mesmo, do tamanho de um chiuaua. Então fiquei dentro de casa coordenando tudo, aos berros.

Chega minha filha e a vizinha, mulher de Wilson, que não estava em casa; ela disse que também mata de um tudo.

De repente uns gritinhos e voz masculina: era o vizinho da frente que veio cutucar também.

- Nossa, que bicho é esse? Não é rato não!!! - indagou o vizinho com espanto.

Bem, ele matou, pra alegria da mulherada. E meu filho lá, todo todo: "nossa, que da hora!"... Adolescente.

E como eu estava dentro de casa... algo começou a me encarar sem dó: o picolé!

Bem, não tava fazendo nada, então enquanto coordenava tudo, fiquei chupando o picolé. Acabei de chupar, abri a porta e fui ver o assassinato. Nisso tinha um monte de vizinho olhando o bicho que parecia rato. Depois constataram que era rato mesmo. Enooooorme!!!!

O vizinho assassino, com uma sacolinha plástica na mão pegou o cadáver pelo rabo e colocou dentro. Pegou a moto e o levou lá embaixo (uma descida que dá pra um pequeno riacho, de onde provavelmente veio o rato).

E aí todo mundo ainda discutindo e contando causos.

Lavei a garagem, meus filhos ajudando e ainda comentando o assunto.

Pronto, encerrado.

- Mãe, cadê o picolé? - perguntou minha filha, quando foi conferir o que tinha trazido da sorveteria.

- Chupei, ué, não era meu? - respondi com a maior inocência.

E ela e meu filho só me deram uma olhada... sabe aquela olhada? Depois começaram a rir e soltaram:

- Folgada!!!!

Coisas de mamãe, só isso.


Era desse tamanho... só não era peluda.










11 comentários:

  1. Oi flor!!!

    Algo parecido ( só que acredito ser pior) aconteceu comigo. Estava em casa, que na época tinha um terreno enorme vazio ao lado e cheio de mato, e quando olho pro terraço vejo uma cobra. Desespero foi pouco!!!! Eu quase tenho um troço. Liguei pra meu vizinho e disse que tinha uma cobra no terraço, que eu não tinha como abrir o portão e que portanto ele teria que pular o mirolha matar. Ainda bem que ele veio e matou a peçonhenta : )

    Beijos

    Selma

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  2. rssssss... Melhor ficar fora mesmo, ainda mais chupando pu picolé,rssr beijos,chica e linda semana!

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  3. Clarinha você é ótima! Teus textos tem uma naturalidade cotidiana muito sútil e agradável!
    adorei! bjsss

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  4. kkkkkkk...Teria feito mesmo que vc. Ficado em casa chupando picolé!
    Beijos
    adriana

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  5. Oi Clara,
    você, seus filhos e os vizinhos viveram uma aventura, não?
    Aqui em casa já apareceu um bichão também. Eu sei que fiquei na varanda dos fundos vendo minha mãe matá-lo no quintal. Morri de nojo!
    Beijos e boa semana!

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  6. Ahahaha, vida boa hein Clara? Chupando picolé enquanto os outros "se matam" pra matar a ratazana.
    Boa semana.

    => CLIQUE => Escritos Lisérgicos...

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  7. Lendo a sua narrativa, torcendo p/ que o bichinho escapasse... Enfim, nem o picolé escapou rsrsrsrs.
    Se um dia chegar na sua casa, avise os vizinhos que vc tem amiga buscapé, se não vão me achar jurássica e correr com a vassoura atrás de euzinha kkkkkk, passou uma fita na cabeça kkkk deve ser o calorão da primavera...

    Tenha uma ótima semana! Só p/ lembrar tem bicho pior que rato...

    Bjãooooooooo

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  8. Você tem uma facilidade muito grande para contar os acontecimentos do dia a dia.
    Beijos.

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  9. Olá Clara! passei para conhecer seu blog e gostei muito! Passarei volta e meia para ver as novidades!! Bjoss

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  10. Clara, muito bom o texto! Medo, medo, eu não tenho, é mais uma gastura... rs
    Abraço,
    Jussara

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