Paula é uma mulher dinâmica, bonita, bem arrumada, bem sucedida profissionalmente, ou seja, independente nos seus 36 anos.
E hoje, não podia se atrasar para mais uma reunião com diretores de uma filial da capital paulista.
Se aprontou, pegou todo o material necessário, beijou o marido ardentemente, dizendo que o ama e se foi.
No trajeto para a reunião muitas coisas lhe passavam pela cabeça, e a mais frequente era o quanto amava o marido Maciel.
Maciel, 46 anos, lindo, bem humorado, bem resolvido, um gentleman, excelente marido e excelente pai.
Era o retrato da família perfeita, e que causava inveja principalmente nos familiares que se diziam insatisfeitos com a vida.
Paula se lembrou de seu casamento, do quanto foi tudo perfeito, todos os amigos, família... a lua de mel dos sonhos... a casa própria...
Enfim, tudo perfeito. E era impossível não se lembrar sem estampar um sorriso no rosto.
Ao longe avistou o local de sua reunião: Motel Paradiso.
Entrou, pediu o mesmo quarto, vaga pra 2 carros - uma já preenchida - um luxo só.
Abriu a porta e pelo caminho até a cama pétalas de rosas vermelhas, um balde de gelo com um champagne, uma combuquinha com morangos bem vermelhos e grandes.
E deitado na cama, com um sorriso mostrando os dentes perfeitos e uma rosa na mão estava Adriano.
Ah, o Adriano... A perdição em pessoa... Daqueles homens que a gente sente quando se aproxima pelo cheiro, pelo toque inesquecível em nossa nuca...
Se aproximou, se jogou na cama e lhe deu um comprido beijo apaixonado, quente, de tirar o fôlego.
Adriano é o tipo de homem que sabe onde tocar a mulher, na hora certa, sussurrar nos ouvidos, amar enlouquecidamente até desfalecer.
Paula e Adriano eram unha e carne no sexo. Não precisavam falar nada, um sabia exatamente o que o outro queria. Não podiam e nem conseguiriam ficar longe por muito tempo. Batia a vontade, a saudade, a paixão, o desejo e se não extravasassem, morreriam.
Ficariam horas, dias, meses enfiados numa cama de motel, mas cada um tinha a sua vida.
Paula com o marido amado Maciel, e Adriano com sua boa mulher, dedicada, um exemplo... a Rafaela.
Se sentiam culpados? Não, já tinham se conformado com a situação.
Nunca sequer cogitaram serem marido e mulher. O que os unia era a carne, o pecado, o sexo...
Casamento é família, é união, é amizade, é amor, é respeito. E não arriscariam suas vidas felizes e confortáveis por uma paixão louca.
Passado o tempo - 4 horas - tomaram banho, se vestiram e foram cada um para sua família. O próximo encontro? Quando der vontade...
Paula, chegando em casa, esperou por Maciel para o almoço que logo chegou com buquê de margaridas - sua flor preferida. Beijou-lhe ardentemente, disse que o amava e que não conseguiria viver sem ele. E ele num gesto fraterno, disse que cuidaria dela até o fim de seus tempos.
Almoçaram, voltaram ao trabalho - agora no escritório - e são felizes, cada um de seu jeito...
Domingo eu assisti ao filme "Divã" de Martha Medeiros... daí brotou esta crônica.
Eu não concordo com esse "respeito" de Paula e Adriano. Se a pessoa tem necessidade de uma terceira numa relação, é porque nem tudo está perfeito. Melhor pensar no caso e ser sincero consigo e principalmente com o outro.
Eu não concordo com esse "respeito" de Paula e Adriano. Se a pessoa tem necessidade de uma terceira numa relação, é porque nem tudo está perfeito. Melhor pensar no caso e ser sincero consigo e principalmente com o outro.
Lindo teu conto, cheio de detalhes,Muito bem contado.Mas como tu, acho que é melhor abrir que tem algo que não está legal, já que ela precisa de outro...
ResponderExcluirbeijos,chica
A verdade dói bem menos... E a mentira é difícil perdoar...
ResponderExcluirBeijos, Chica!
Clara,
ResponderExcluirA crônica está bem escrita. Cada um faz o que quer com sua vida. Para minha vida não aceito dividir parceiro. Nem pra mim, nem para o outro. Gosto de relaçao sadia. Se um dos dois está com desconforto, a parceria é desfeita. Estamos conversados!
Girassóis nos seus dias.
Beijos
Então estamos conversados...
ResponderExcluirConcordo com vc, Celina.
Parceria é confiança e respeito, sem meio termo.
Beijos e bom dia.
Ai Clara.
ResponderExcluiriche, vejo que vou arrumar confusão.
rs..
Há um tempo atrás pensava exatamente como você e as demais amigas.
Achava que não cabia em uma existencia uma situação assim.
Mas acho que fui convivendo e mudei o ponto de vista.
Não acho que uma pessoa obrigatoriamente possa completar o outro.
Na crônica ficou claro que a historia dos dois amantes envolvia sexo, química e pele.
Será que isto é errado?
Será ?
Hum... já sei...
vou fazer um artigo e linkar o seu, posso?
depois te digo quando estiver pronto.
ah...
minha flor.
como posso agradecê-la por seu comentário e presença tão doce no Sonhareser.
Os guris estão melhorando, sem febre graças a Deus.
beijos.
Liliane, vc pode fazer tudo o que quiser... Me avise que eu vou adorar...
ResponderExcluirQue bom que os meninos estão bem!
Olha, eu acho que cada caso é um caso. Eu sou contra a mentira e a traição. Mas apesar disso, eu não acho a fidelidade o bem mais precioso de uma relação. É estranho, parece que estou em cima do muro. Mas não é... Talvez tenha coisas mais importantes numa relação do que ser fiel. A lealdade e o respeito pra mim são primordiais. Mas só passando por situações é que vamos saber a dor ou o prazer... Cada um com seu cada um...
Beijos, querida!
Oi Clara!
ResponderExcluirHá quanto tempo não é!?
Gostei do texto!
COncordo com você!
Abraço!
Oi Clara!
ResponderExcluirExcelente conto!
Na minha vida não está o dividir e nesse caso nem o somar.rsss
Acho que a completude deve ser na união de duas pessoas que deveriam se amar e desejar. Estar com um outro para compensar significa que algo está faltando.
Beijos!
Neo, há quanto tempo mesmo!
ResponderExcluirPensei que tinha esquecido o caminho.
Em breve te mando os desenhos...
Vê se não some..
beijos.
Oi Valéria...
ResponderExcluirO relacionamento é muito complexo.
Mas vale o respeito sempre e a verdade também...
Beijos e bom dia!!!
Um conto escrito de uma forma fácil de se ler. Concordo que sempre tem que haver a sinceridade.
ResponderExcluirGostei do seu blog e vou segui-la.
Beijos.
Bem vindo de novo, Élys.
ResponderExcluirE comente sempre, dê palpite, reclame, deixe sugestões, críticas...
A casa é sua!
Beijos.
Clara, concordo totalmente com você.
ResponderExcluirEstar com outro(a), ainda mais quando se tem um parceiro(a) maravilhoso,não tem justificativa.
Algo está mesmo errado.
Xeros
Ana karla, muito bem vinda ao meu espaço...
ResponderExcluirA casa é sua...
É verdade, numa relação ambos se completam, e se cabe um terceiro é porque algo não está bem... Mas cada um sabe o que faz...
Beijos, beijos...
Minha doce amiga,
ResponderExcluirbem inspirado seu conto! E concordo,pelo menos, para minha vida, só um amor bem gostoso no coração. mais, para quê?
Minha linda, pode sim, claro, escrever lá no FB, afinal o Barão de Itarar´é de todos nós risos!
E olha, tenho recebido e-mails mas não pude ainda responder pois ando aqui a me restabelecer em exercícios. Acho que vou estender este meu "tempo só para mim", tava precisando e muito.
Mas, o seu desabafo me ficou bem aqui no coração. O que eu fiz e muito foi rezar para vocês encontrar a paz. Isso SIM! SEMPRE! Bem, e pedir a Deus que afasatsse de vc todos os seres que pudessem te molestar, que fossem iluminados e amparados pelos espíriros de luz!
Só.risos
Um beijo, amadinha, com muito, muito carinho!
Maria Izabel... suas orações me ajudaram e muito, parece que me abriu portas que eu não estava conseguindo abrir.
ResponderExcluirTambém vou orar muito pra vc voltar logo, boa e curada, cheia de luz e de paz pra nos ajudar com esse dom que Deus lhe deu.
Fique em paz e muitos beijos!!!