Confesso que é medonho pra mim isso, mas não demonstro pra ela. Faço ela entender que isso acontece mas que podemos evitar e ter a hora certa pra decidir a maternidade.
Ela adora crianças assim como eu, mas graças à Deus tem uma ótima cabeça, amadureceu muito rápido e sabe o que quer. Um ponto pra mim.
Ela tem o namorado que é um bom moço, estudioso e que também é maduro pra idade que tem, 18.
Quando a amiga namorava, era muito baladeira, às vezes bebia muito, ia a lugares não recomendados e eu ficava insegura pela amizade das duas. Mas sempre aconselhando minha menina.
Um dia ela chegou a mim, e como sempre fez, me contou o que se passava com ela e com a amiga:
- Mãe, ela falou que quer ter um filho agora... Imagine, mãe, faz um mês que namora o cara e já tá querendo aprontar. O que vai ser da criança? O pai dela vai matar ela...
Outro ponto pra mim.
E eu com o coração na mão respondi:
- Não mata não, filha, eles vão ficar assustados, mas pela educação que ela tem eles vão ficar do lado dela.
Tremi na base de novo.
Imagine minha filha que é louca por criança querendo fazer o mesmo?
O máximo que fiz foi conversar muito, quer dizer, escutar muito, deixar ela falar, perguntar a ela o que achava e só dava minha opinião se me perguntasse. Deu certo até hoje.
- Pronto mãe, ela tá grávida mesmo. E tá morrendo de medo de contar pro pai. A mãe já sabe e chorou muito.
Um dia minha filha chegou em casa com os olhos vermelhos:
- Mãe, a gente tava junto e o celular dela tocou... Era o pai dela. Ela tremia tanto, depois começou a chorar... Disse que o pai ficou muito emocionado, quase não conseguiu falar e que a amava muito. Eu não aguentei e chorei junto com ela.
Minha filha puxou a mim... Adoramos crianças e somos manteigas derretidas.
E todo o dia que se encontravam minha filha me falava do ultrassom, das consultas, das batidas do coração... Tudo acompanhado pela internet... Até eu entrei na fila pra ver. Saudades de ter bebê.
Ela não parou de estudar e o mês passado nasceu o bebê.
Adivinhe se minha menina foi ao hospital vê-la... E levar presentes? E voltar chorando emocionada com o tamanziquico do bebê?
- Mãe, ele não tem cara de joelho! É lindo, fofo, muito, muito, muito lindo!
Claro que é lindo, todo bebê é lindo.
- Não, mãe, tem uns que são todos enrugados, inchados... Esse não, é lindo!
Eu entendo o que ela quer dizer... Amiga coruja.
Resultado: todos apaixonados pelo bebê, o pai da criança foi morar com a menina e parece até que tomou juízo. Parou de ir à baladas, trabalha e estuda e tá babando como todo pai apaixonado.
Toda vez que minha filha vai visitar a amiga, fica um tempão me contando do bebê. E eu pacientemente escuto com toda a atenção.
Pronto, acho que passou o sufoco de mãe. Que eu tenha as palavras certas pra passar pra minha menina sempre... Que ela tenha objetivos e que saiba correr atrás deles e priorizar o que for melhor pra ela.
Eu acho que está dando certo. Mais um ponto pra mim.
Ela está evoluindo como pessoa, daqui a pouco vem a Faculdade que ela já decidiu o que fazer e... determinada, teimosa, bocuda, topetuda, linda, um mulherão pra idade dela.
E muito, muito amada!
Obrigada, meu Deus!
Amém!
Tem uns e outros por aí que fazem piada disto... Ignorantes! Esquecem que são homens e foram paridos por mulheres. Ou será que nasceram do pó?
Minha contribuição ao mamaço. Não tem preço que pague o prazer de amamentar.
Fantástico esse texto! achei lindo!
ResponderExcluirfoi a melhor resposta aos tontos que se ofendem com alguém que amamenta e acham que o mundo precisa ouvir seu lixo mental.
lindo!
bom dia
Bom dia Ale, vc sempre fofo...
ResponderExcluirObrigada!
Esses imbecis se esquecem que a vida é um espelho, que tudo que vc mostra a ele, vem de volta!
Beijos.
Clara,
ResponderExcluirTexto maravilhoso! É isso que acontece, quando a notícia chega, um sustinho... mas no momento seguinte, a gente já começa a amar! Passei isso com minha filha (ela estava com 18 anos) é uma tremenda mãe desde o comecinho. Passei isso com meu neto (21 anos, planos de doutorado...). Tornou-se um pai (desde o resultado do exame) e namorido que dá orgulho em qualquer mãe, avó!
Parabéns (como sempre) pelo texto!
Fantástica sua contribuição para o mamaço!
Beijos
PS. Obrigada pelos comentários generosos!!!
Celina, eu tô achando que vc e o Ale são do mesmo lugar... me diz que lugar é esse que eu quero ir lá....
ResponderExcluirLugar de gente rara, dessas que queremos carregar pelo resto da vida!
Obrigada você que alegra meu blog sempre.
Beijos.
Vim pelas mãos do Alexandre, meu querido @mauj77. Adorei o texto, excelente.
ResponderExcluirbeijoooo
Oi Fernanda, que bom que veio!
ResponderExcluirO Ale é um querido mesmo...
Obrigada!