Sempre fui uma criança inquieta, sem regalias nenhuma, sem luxo, sem nada quase... Só o básico.
Mas ficava de olho em tudo, como qualquer criança curiosa. E tinha a bicleta que eu não tinha. Minhas amigas tinham.
Naquela época era tudo muito difícil. Tinha poucas opções e muito caras...
Mas queria porque queria andar de bicicleta, e o jeito foi pedir emprestado... Mas não sabia andar... Então aprendi sozinha - desde essa época já era autodidata.
Ia na beirada da calçada, com medo dos carros que passavam... Dava duas pedaladas cambaleando e caía. Esfolava o joelho que ficava feio mesmo... Devolvia a bicicleta e ia embora chorando:
- Ah, menina, machucou de novo...
E mamãe passava merthiolate (aquele que doía, bem vermelhão). Noutro dia não conseguia dobrar o joelho, porque secava o machucado... Isso quando não infeccionava e ficava parecendo um queijo derretido. Credo!
Mas teimosa que só, lá ia eu lutar contra a magrela da amiga.
Dava agora quatro pedaladas e caía de novo. Mas que saco! Só que agora continuava... E aquele sangue escorrendo todo, ora um joelho ora outro. Fazia revezamento de machucado. Quando estava quase sarando, machucava de novo. E o processo se repetia várias vezes até que consegui, finalmente, aprender a andar de bicicleta.
Eba!!!!
Mas não adiantou nada, nunca tive uma sequer!!! Mas ainda me lembro como é andar e realmente a gente nunca esquece.
Qdo era criança, peguei uma caloi 10 do meu pai e não sabia onde que era o freio kkkkkkk nem precisa contar o resultado né? :D
ResponderExcluirO vermelhão que minha mãe passava em mim era o mecúrio cromo .. não doia muito.. pior era esse merthiolate..
Nossa... chorava mais de olhar pra ele do que pela própria dor..
Otimas lembranças..
Besos
Eu ainda tenho cicatriz nos joelhos.
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