Não tem jeito! Não tem conserto, não tem salvação... se não tem perdão.
Dias desses reencontrei um amiga de infância que não via há uns 20 anos. Nossa, como o tempo passa e não nos damos conta. Casada, 3 filhos, muito bem financeiramente e, infeliz!
Me lembro que a última vez que tive notícias dela estava pra se separar do marido que pulou a cerca e fez um filho em outra mulher. Na época não tive oportunidade de conversar com ela, mas fiquei triste porque sabia que se amavam.
Mas depois de tantos anos, como já a conhecia, perguntei como estava.
Na época, disse ela, foi difícil, muito difícil (claro que foi), mas como os filhos dela eram pequenos não fez nada do que deveria fazer. Mas o que deveria fazer? Separar?
É, o normal seria separar e cada um pro seu lado...
Mas nem sempre é assim. Não cabe a ninguém julgar. O máximo que uma pessoa decente pode fazer é ouvir, chorar junto, lamentar e oferecer ajuda, caso precise.
Continuam casados, os filhos já grandes e dois já casados com filhos, e ela e provavelmente ele também infelizes.
Ela até deve ter se esforçado pra perdoar, e minha opinião é que deve perdoar mesmo, mas vai ficar sempre a imagem da traição, do fruto da traição que não tem nada a ver com isso, e as cobranças... até que a morte os separe.
Eu disse que tem que perdoar mesmo porque não é bom ficar remoendo mágoas... Perdoe e esqueça (de coração) o assunto. Mas não quer dizer que tenha que continuar vivendo com a pessoa. Só não fique alimentando raiva, ódio, vingança. Quem sofre é você e não o outro.
Não é fácil assumir uma separação com filhos pequenos. "Tem que ser muito macho", foi o que eu ouvi de muitas pessoas. Mas como já disse, cada caso é um caso e eu tenho o péssimo hábito de ser sincera demais, de não saber mentir e nem ficar engolindo o que eu não quero. Eu não saberia viver numa situação dessas.
De todo jeito é difícil. A vida é difícil. E filhos tem que ficar de fora da briga. Eles não tem nada a ver com isso.
Ela não se separou e é infeliz, o marido ídem. Mas tem os filhos com todo o conforto, a presença do pai dentro de casa... Mas que também percebem a indiferença dos pais como casal. E isso fica marcado como um carimbo. Como transmitir amor se não é feliz no dia a dia? Não sei.
E eu muito topetuda, que nunca fugi de situação nenhuma, enfrentei uma separação com filhos pequenos. Resultado? Anos e anos de depressão e síndrome do pânico (está melhorando, quase boa). Mas meus filhos nunca mais presenciaram uma briga, uma discussão, um choro meu, um grito nem nada. Paz!
Imagino o casal acima: ele se apaixona por outra mas não pode ter uma vida em comum por causa do tal "acordo". Então fica às escondidas com outras.
E ela a mesma coisa, por que não refazer a vida com outra pessoa e ser feliz, que creio eu, é o que todos queremos?
Mas julgar não é a minha finalidade.
Se resolveram assim... Como eu resolvi do meu jeito... Cada um sabe de sua vida.
Excelente post!
ResponderExcluirbjs Sandra
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