terça-feira, 22 de março de 2011

Batatinha

Todos os anos, no Carnaval, vamos à praia. Esse ano fomos pro Guarujá.
Alugamos apartamento, um bando de gente, mas praia é praia. Como eu sempre digo, sol é a minha praia.
E as guloseimas que se come, as bobeiras, é tudo muito bom.
Num dia quente, estávamos todos e pedimos batatinhas fritas e catchup. E refrigerante de latinha.
Mal começamos a comer e chega até nós, meio acanhado, um menininho, de uns 5 anos, catando latinhas na areia.
Eu o observei e ele ficou me encarando pensando que ia levar uma bronca.
Chamei o menino, ele veio meio acanhado e lhe ofereci batatinha. Ele olhou pra trás e não pegou. Então, coloquei um punhado num outro pratinho de papelão e lhe entreguei: Pega, é seu!
Ele deu um sorriso, saiu correndo e eu o acompanhei com os olhos. Lá em cima, perto da calçada, uma senhora bem magra, com outra criança mais velha, carregava uma sacão de latinhas amassadas. O menino chegou até ela, lhe mostrou o prato e apontou pro nosso lado. Ela deu um sorriso, se abaixou e começaram a comer. O menino, vez ou outra a abraçava e ria muito e ela muito feliz, abraçava os dois e os beijava. Falavam alguma coisa e caiam na gargalhada. O pequenininho até rolava na areia.
Terminaram de comer, ela limpou a boquinha do pequeno e continuaram o caminho, ele correndo à frente dando saltinhos.
Eu, molengona como sempre, chorei de emoção ao ver aquela cena, aquele amor incondicional, aquela alegria que, não existe dinheiro no mundo que pague.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, seja bem vindo e deixe seu comentário!

Eu os responderei por aqui mesmo ou por email, se achar necessário.

São muito bem-vindos, sempre!