segunda-feira, 27 de abril de 2015

Amor Torto


Desde 2011 quando escrevi o texto Amor Psicopata, recebo emails de leitores me confidenciando que passam por situação parecida, me pedindo ajuda. É quase um grito de socorro.

No começo fiquei com medo e com muito cuidado em minhas respostas, mas o que elas querem e essa sempre foi minha intenção, é de ter alguém que as ouvissem. Alguns homens também já me escreveram, mas a maioria são mulheres.

Algumas conviviam há tempos com homens grosseiros, estúpidos, insensíveis, que cheguei à conclusão de serem realmente psicopatas. Mas como não tenho nenhuma competência para diagnosticar nada, o foco é sempre um bate-papo sem julgamentos.

É impressionante como se acostuma com todo tipo de relacionamento. Não todas, mas muitas. E não há condição social, nem nada que absolva uma mulher apaixonada de cair nas garras de um homem estúpido.

Palavras são lançadas sem o menor constrangimento, xingamentos, agressões morais e físicas, deixando completamente sem chão a companheira. Depois descartam-na como se fosse um lixo inútil, sem chances de uma reciclagem.

A internet é uma ferramente fantástica, quando sabemos usá-la, e numa rápida pesquisa muitas respostas chegam às nossas mãos. Ou aos nossos olhos. Mesmo assim há quem duvide que está num inferno em vida, num relacionamento doentio e, quem sabe, matador.

Muitas notícias todos os dias de mulheres agredidas e mesmo assim defensoras dos companheiros. Não têm noção de que quem agride não é uma pessoa boa, como repetem insistentemente quando são interrogadas. Não denunciam, pois não têm como sobreviver. E amam, apesar dos trancos e barrancos que vivem, pois num certo momento na intimidade são verdeiros príncipes, daqueles que nos fizeram acreditar quando crianças, onde tudo acaba feliz para sempre.

Algumas mulheres bem-sucedidas, com profissão sólida e respeitada, me confessaram sentir vergonha de comentar com algum conhecido o que se passa entre quatro paredes. Maridos bem situados, gentis com todos, mas um carrasco em casa. Não deveria ser normal, e não é, mas existem aos montes.

Muitas mulheres me escrevem, mas acho que uma atitude violenta vale para homens e mulheres. Quantas mulheres agridem seus companheiros? E eles aguentam, pois também ensinaram a eles que casamento é para sempre e a responsabilidade do sustento é do homem. Casou tem que aguentar.

O que mais me deixa triste e inconformada é o roubo de autoestima de cada um. Simplesmente consomem o parceiro ou parceira, lançando uma enxurrada de palavras mal-ditas e como vampiros sugam todas suas vontades de ser gente. Voltar a ser gente, resgatar sua vida, tomar as rédeas de seus sonhos e de seus poderes de escolha. Afinal existem tantos seres, por que apenas um tem ousadia em nos destruir?

O mundo pode nos elogiar diariamente, mas se uma ou duas pessoas nos agridem, nos humilham, aí sim, nos enterram em vida. Palavras que nos destroem, que mudam o percurso tão sonhado na adolescência, num trilho jamais imaginado... O inferno existe, e é bem aqui em vida, para algumas pessoas.

Como esquecer palavras tão cortantes? Não há como. Mas há como não ficar se lembrando... Há um mundo novo, diferente e brilhante dentro de cada um. O processo pode ser demorado e sofrido, mas o caminho é um mergulho profundo no íntimo, buscando o ponto onde se perdeu o caminho, e voltando devagar, até quando o Sol voltar a brilhar e com a força de seus raios aprender a simplesmente dizer não. "Não, isso eu não quero para mim.". Muito fácil, mas complicado para encontrar um caminho de volta.

O ser humano é capaz de amar várias vezes, em várias épocas da vida, graças a Deus!

Como disse Rubem Alves "Tem muito curso de oratória. Deveriam fazer curso de escutatória...". Ouvir sem julgar, apenas ouvir e conversar. Quem está em agonia, sofrimento profundo, não consegue enxergar uma saída de emergência, mesmo a placa estando em vermelho. Afundam cada vez mais e perdem suas vidas, ainda vivas. Se entregam totalmente à satisfação do outro, sem perceber que cada um é único e o mínimo que se espera do outro é respeito.

Ouçam... Simplesmente ouçam.... Sem julgar.

Um link de uma vítima de abuso de homens... é triste, muito triste, mas ainda são muitas mulheres que passam por isso. Carregam culpas sem tê-las.
Cliquem aqui.

Clara Lúcia 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mãe Bruxa


"Ser mãe é padecer no paraíso".

A sensação de ser mãe, de parir, criar, educar, amar, não tem como descrever, é maravilhosa!

Mas nem toda mãe é boazinha aos olhos dos filhos. Isso é ótimo, pois nos tira do pedestal, do trono e nos coloca como mãe de carne e osso.

Não somos heroínas e nem mágicas, mas somos ninjas em dar conta de tudo e ainda sobrar um tempo pra sermos simplesmente mulher.

Nossa obrigação não é de poupar os filhos, de passar a mão na cabeça ou fazer vistas grossas pras besteiras que eles fazem. Também fomos e somos filhos e sabemos como funciona a coisa.

É doloroso demais esse papel de ensinar, de educar, com toda a sabedoria que nos cabe, que o tempo nos deu, que as dores nos tatuou, que as lágrimas nos enrugou e que os anos não nos deixa esconder a maturidade.

Às vezes (mentira, nunca entendem) não entendem que, por termos opiniões contrárias, por tentarmos mostrar um outro caminho, uma outra porta ou janela, não estamos indo contra e sim a favor. No momento de conflito geralmente não enxergam outras saídas e a reclamação é predominante em todo o diálogo. Pra eles somos mães, e como mães devemos apenas ouvir, ou então aceitarmos que o drama que eles têm no momento é imenso e não cabe na vidinha deles. Nesse momento nos tornamos a mais perversa das bruxas.

É muito bom ouvir, saber com quem andam, o que comem por aí, o que falam, o que acham da gente... Mas gostamos de falar também, de cumprir esse nosso papel de mãe inteligente, madura, que já viveu tanto que adivinha o que deve ser feito. No fundo não queremos que nossos rebentos sofram...

E sofrem... E sofremos juntos, caladinhas, quietinhas, no nosso canto, no nosso íntimo...

Íntimo que filhos não têm ideia que temos. Somos mães e ponto.

Pra eles devemos estar atentas a tudo, saber de tudo, achar tudo, fazer tudo, aceitar tudo, compreender tudo, gostar de tudo deles... E eles, ainda na ilusão de que somos rainhas, não se dão conta de que queremos muitas coisas que não temos, que abrimos mão de outras tantas coisas por causa deles, que não ousamos comer o bife maior pra deixar pra eles, que não podemos ter vontade de sair, passear, pois o dinheiro gasto pode faltar algo que eles estão acostumados a ter.... Não podemos nem gostar de sexo, de beijo na boca ou de namorar... Nem de se olhar no espelho e se sentir mais magra, mais jovem, bonita... Isso é sempre um exagero de mãe. Não podemos sentir dor e nem indisposição. Dor de cabeça, cansaço? Nunca! Mãe não sente nada disso. Preocupação? Imagina, jovens são todos imortais. Contar moedinhas pra pagar um conta? Que isso, só fazer as contas direito que tudo dá certo. Passar vontade de comer alguma coisa? Imagina, mãe já tá criada e forte, não precisa disso mais não.

E quando a mãe é separada, ou viúva, ou solteira? E fica em casa o tempo todo, cuidando de tudo? Sair pra quê, se já tá acostumada a ficar em casa? Ir aonde? Não suporta nem ouvir uma música num volume mais alto! Não conseguem ler nos nossos olhos que talvez a solidão tenha nos corroído a alegria de vivermos em sociedade. Que é difícil sim, pra algumas mães, recomeçar tudo... Talvez nem saibamos qual o momento de recomeçar, ou se sentimos medo... Medo? Como assim, mãe? Então...

E num dia de abandono, de carência (carência, o que é isso?), espera ansiosa pela volta dos bebês quase adultos, sãos e salvos, sadios e felizes.

A tristeza que ontem atormentava um deles, hoje nem existe mais. Só encheu a mãe de preocupação, mas uma conversa com um amigo ou dois, já resolveu tudo e realmente nem era tão estrondoso assim.

Mãe rainha, mãe princesa, mãe de muitos, de poucos, mãe jovem, mãe madura, mãe velha, enrugada, gordinha, sem sonhos realizados, com várias noites em claro, mãe forte, guerreira, domadora e dominada... Mãe perfeita e chata, meiga e estúpida, linda e grisalha, mãe feliz e realizada (????), sim, mãe feliz e realizada por saber que cumpriu a lição de casa, pois filhos não são nossas vidas, mas são nossos corações...

Daqui a pouco todos chegam com um sorriso que já nos derrete, uma palavrinha que já nos enche de orgulho, um abraço e um beijo então... Meu Deus, muito obrigada!

Mãe é um turbilhão de emoções, mas às vezes dá vontade de sumir... Pra casa da vizinha, que é mais perto da gente voltar correndo e começar tudo de novo.

Fim.

Apenas um texto, sem conotação com a autora.
Clara Lúcia

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Beija Eu, Beija Tu


Kiss Me Quick
Elvis Presley


Beije-me logo, enquanto ainda temos este sentimento
Segure-me forte, e nunca me deixe partir
Porque amanhã pode ser tão incerto
O amor pode sumir e partir machucando

Beije-me logo porque eu te amo demais

Beije-me logo e faça meu coração ficar louco

Olho no olho e sussurre bem baixinho
Diga-me que esta noite durará para sempre


Diga que você não me deixará nunca
Beije-me logo porque eu te amo demais


Deixe a banda continuar tocando enquanto estamos balançando
Vamos continuar suplicando que nunca pararemos

Beije-me logo, eu não posso continuar nessa espera

Porque seus lábios, são lábios que quero conhecer
E o seu beijo abrirá a porta do céu

E estaremos lá para a eternidade

Beije-me logo porque eu te amo demais




quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sonhos


Sonhos
Florbela Espanca



Ter um sonho, um sonho lindo, 
Noite branda de luar, 
Que se sonhasse a sorrir… 
Que se sonhasse a chorar…
Ter um sonho, que nos fosse 
A vida, a luz, o alento, 
Que a sonhar beijasse doce 
A nossa boca… Um lamento…
Ser pra nós o guia, o norte, 
Na vida o único trilho; 
E depois ver vir a morte
Despedaçar esses laços!… 
…É pior que ter um filho 
Que nos morresse nos braços! 



Florbela era muito intensa, "É pior que ter um filho que nos morresse nos braços", um pouco de exagero em comparar um sonho com um filho. Deixo pra quem quiser comentar, à vontade.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Um Perfume


      Ansiosa e nervosa, Ana Lara chegou em casa fora do horário de costume, debaixo de um temporal apavorante. Talvez seria a situação ideal ao qual ela esperava há tempos. Sem se importar com o sapato de salto agulha, enfrentou a chuva, deixando o carro do lado de fora da garagem. Não queria fazer barulho. Não queria ter surpresas, mas a situação insuportável se instalara entre o marido e ela. Aliás, só nela, pois o marido de nada desconfiava. Pelo menos nada demonstrava.

      Algumas vezes sentiu um perfume diferente em seu quarto, não era estranho, mas diferente. Perguntado, Rodrigo, seu marido, de nada sabia e logo mudava de assunto, ou saía de perto, evitando seu olhar fuzilante. Rodrigo sabia que teria que tomar cuidado, pois conhecia muito bem Ana Lara, mas sua esperteza lhe dava toda a segurança que precisava.

      Casados há exatos sete anos, Ana Lara sempre se lembrava dos conselhos de sua madrinha, já falecida, de que o casamento entrava em crise aos sete anos. Ela sempre ria, desdenhando, pois acreditava que amor que é amor não tem crise, e sim momentos ruins. Será que sua madrinha tinha razão?

      Antes de abrir a porta, tirou os sapatos e deixou-os na garagem. Devagar abriu a porta e pé ante pé vasculhou todos os cômodos, inclusive debaixo de móveis. Nada! Ninguém! Nem o perfume habitava sua casa naquele dia. Sentou-se no chão e chorou.

      Não queria ir além de sua capacidade, mas uma situação de traição ao qual ela não permitiria jamais estava além de sua bondade e perdão. Um absurdo existir traição num casamento. Traição era desamor,  falta de respeito,  repugnante e nojento.

      Pensou várias vezes em desistir, deixar para lá e seguir a feliz vida conjugal, mas não sentira mais paz com essa pulga atrás da orelha. Teria que ir até o fim, escarafunchar até se esgotar todas as possibilidades e mesmo assim ainda teria dúvidas. Rodrigo nunca demonstrou nada, sempre carinhoso e atencioso, ótimo companheiro, mas aquele perfume ficou carimbado em suas narinas. Quem seria a dona daquele perfume tão familiar?

      Os dias se passaram e nunca mais Ana Lara sentiu o aroma do misterioso perfume. Chegou ao cúmulo de entrar em uma perfumaria e provar todos os aromas para identificar o nome, a cor, o frasco ou qualquer rastro que deveria seguir e desvendar esse torturante mistério.

      Um dia, quando Rodrigo teria folga na período da manhã, Ana Lara lamentou muito deixá-lo na cama e ter que trabalhar. Coisas que aconteciam vez ou outra e que a irritavam profundamente. Não entendia essas folgas em dias úteis, mas não o culpava por isso. Arrumou-se toda linda e perfumada e foi à luta. Rodrigo ouvia os passos da mulher no assoalho de madeira, até chegar à porta, e depois de sair com o carro da garagem, virava para o canto e continuava a dormir.

      No meio do caminho, Ana Lara lembrou-se que havia esquecido as chaves de suas gavetas. Contornou a quadra e voltou para buscá-las.

      Bem na frente de sua garagem um carro bem conhecido estacionado. Gelou. Respirou fundo e repetiu todo aquele processo de se tornar invisível e entrar em sua casa. Segurou o choro, conteve a raiva e temeu que as batidas intensas de seu coração denunciassem sua presença. Ouviu um riso vindo de seu quarto.

      - Sua louca! Se minha mulher te pega aqui, me mata! - ouviu Rodrigo dizer.

      - Mas sexo bom é sexo com emoção, meu bem, e Ana Anta nunca foi boa em descobrir nada. Sempre era a última a saber de alguma coisa... Não se preocupe. - reconheceu a voz de sua irmã. Ana Letícia.

      A porta do quarto estava entreaberta e com cuidado viu os dois se esfregando em sua cama. Ana Lara ficou imóvel, como se o mundo parasse naquele instante e só houvesse sua cama com aqueles dois sobre ela, rindo de sua provável lerdeza em ser a última a saber. Se afastou e ainda ficou um bom tempo encostada na parede. Não ouvia nada, ou não queria ouvir mais nada. Não sabia o que fazer, mas a vontade era em pegar uma faca na cozinha e acabar com a farra depravada e indecente do casal esperto.

      Com a mesma lentidão que conseguiu chegar ao seu quarto, se afastou, pé ante pé, e saiu da casa. Estava branca como uma folha de papel, respiração lenta e coração quase parando. Mas aguentaria esperar mais um pouco, afinal a moça que se esfregava com seu marido teria que sair de lá.

      Ficou escondida entre a garagem e um pequeno jardim, atrás de uma parede. Eles não a veriam e, com certeza, não reparariam em seu carro estacionado à frente da casa.

      Mais de meia hora se passou e ouviu-se o abrir da porta e o estalar de um longo beijo. Ana Lara cruzou os braços e esperou. Assim que Rodrigo foi abrir o portão viu a sombra da mulher. Deu um pulo e soltou um grito de desespero. Tentou esconder Ana Letícia, mas Ana Lara foi mais rápida e agarrou-lhe pelos cabelos da nuca. Arrastou-a até a rua e lançou-a com tanta força que quase caiu na calçada. Rodrigo segurou o braço da mulher e pediu calma.

      - Você tem meia hora pra sumir da minha frente ou eu te mato. Vou presa, sem problemas, mas te mato! - esmagou-o com seu olhar carregado de ódio.

      Rodrigo, sentindo seu olhar a lhe fuzilar, obedeceu. Não era a melhor hora para discutir relação e não havia o que explicar. Trêmulo, foi embora também.

      Ana Lara, ainda na garagem, desabou num choro incontrolável. Não conseguia pensar em nada e não queria pensar em nada. Chorou até secar-lhe as lágrimas, por dias e noites. Um castelo desmoronado, uma família destruída, um sonho interrompido no meio do caminho e uma mulher a atrapalhar os planos de um casal que parecia se amar. Ainda havia amor, só amor... Mas o homem, seu homem, ofereceu-lhe a pior cena jamais vista. Enquanto vivesse se lembraria daquele dia.

      Ana Laura nunca imaginara sofrer tanto e se sentir tão só. Na verdade se afastara de tudo e de todos e se afundou em sua solidão. Sabia que teria que ser forte para superar e resgatar sua vida, e assim o faria, quando se sentisse segura para encarar esse problema e resolvê-lo.

      Recomeçaria, quando fosse capaz, seguiria em frente, viveria, apesar de todo sofrimento, a vida continuaria.

      Fim.

sábado, 4 de abril de 2015

Boa Páscoa!


Neste sábado fiquei feliz em não ver Judas sendo malhado. Acho que já é hora de deixá-lo em paz. Jesus vive e isso é o que importa.

Esta minha frase me fez refletir muito sobre a vida, as pessoas e as situações. O rancor nosso de cada dia.

Somos humanos e carregados de sentimentos, de todos sentimentos possíveis, mas temos o livre arbítrio, a consciência ou o caráter de cultivar o sentimento que quisermos.

O rancor é um sentimento muito poderoso na vida da gente. Nos destrói por anos e anos, nos cega, nos deixa amargurados, tristes, chatos, insuportáveis e junto com ele, a vingança. Basta um tropeço da pessoa que carrega nosso rancor para nos deixar "vingados". E o que ganhamos com isso? Minutos de satisfação e alguma ou algumas prováveis doenças que vão se acumular até o dia, bem mais tarde, provavelmente quando nem nos lembrarmos mais do rancor,

Nós sabemos de nosso rancor, mas quem carrega o rancor do outro, muitas vezes não sabe. Ou sabe, mas não se deixa influenciar. Quem nessa vida não magoou, não agrediu, não maltratou, não mentiu?

Este ano fiz penitência, não só em guloseimas, carne vermelha, mas em minhas atitudes também. Tive tempo e sensibilidade para refletir sobre a vida, a minha vida. E, claro, arrancar de vez todo resquício de rancor que ainda carregava. Pedi perdão... A Deus... Foi libertador...

A maturidade nos proporciona momentos como esse. E graças a Deus estou chegando na maturidade, sinal que ainda estou viva, de corpo e alma.

Que todos tenham um ótima Páscoa, com paz, muita paz, amor, perdão, harmonia... E muita tolerância com a vida! A vocês e família!

Jesus vive! E nos cuida com carinho!