terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eça de Queiroz


O Bem e o Mal

O diamante, se tivesse vida e pudesse,
fugiria ao sacrifício da lapidação.
Nisso estaria o seu bem, pelo seu sossego.

Entretanto, continuaria a ser pouco mais
do que um seixo vulgar de ribeira areenta;
enquanto que, depois da lapidação dolorosa,
passa a ser um pedaço de luz materializada,
como que um fragmento de estrela,
de preço inestimável.

Qual era o bem? Qual era o mal?
Ora, aqui fica um incógnita
de que eu gostaria de conhecer a definição,
dada pelos sábios da Terra,
onde também tive pretensões
de saber alguma coisa...

Eça de Queiroz

4 comentários:

  1. Linda poesia, bela escolha! bjs, chica

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  2. Fenomenal Eça de Queiroz. Sabia lapidas os versos perfeitamente! abraços

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  3. Oi Clara Lúcia! Bom dia!
    Cada filosofia ou religião tem seus dogmas do que seja o Bem ou o Mal.
    Eu encaro o Mal como algo que prejudique alguém, do contrário, não tenho nenhuma objeção contra as demais coisas.
    Um fato curioso: li O Primo Basílio quando era criança e na adolescência, quando fui estudar Literatura, tomei um susto.
    Sempre imaginei que Eça de Queiroz fosse uma mulher. rs.
    Beijos e linda quinta-feira.

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  4. Que lindo, sensacional!
    Feliz 2015 Clarinha, que ele seja pra você cheio de saúde e conquistas! :)
    Beijo, beijo!
    She

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