sábado, 30 de junho de 2012

Esmalte e sintomas de pobreza



Pobreza? Ah, sou eu!

Nessa foto aí, alguns mimos de pobreza: flores de plástico na mesa, com vaso chique, azul e aquelas areinhas dentro; minhas "tapeuér" de um real (aqui tem loja de um real que vez ou outra vou fazer uma visita); minha coleção de copos que vêm milho ou ervilha dentro, que são inquebráveis, do tipo que quicam no chão e voltam pra sua mão (os copos "chiques" ficam guardados pra quando as visitas vierem) e os saquinhos abertos e fechados com pregador (aqui em minha cidade se fala prendedor) de roupas. Bem, isso é só uma amostra que tenho.

Agora minhazunhas que não poderiam ter outro nome que não fosse Fama, da Ludurana antialérgico. Pronto! Aqui na BC, querendo ou não, temos nossos quinze minutos de fama, e se azunhas não estiverem supimpa, não vão agradar o povo, né?

Alguns outros sintomas:
- Eu uso potinhos de margarina  vazios pra congelar feijão. Os potes de sorvete são muito grandes, e como aqui somos em 3, congelo em porções pequenas. São perfeitos!
- Ir ao supermercado em dia de degustação. Passar pela fila várias vezes e não comprar o produto... Affffff!
- Quando o mês fica longo demais, e o dinheiro acaba antes da hora, a rainha de casa é a salsicha. Com macarrão, com batatas, com pão, refogadinha com temperos... Adoro!
- Quem nunca esquentou a ponta da caneta pra ver se pega de novo?
- E colocar pilha no congelador pra  ver se ela ressuscita?
- Passar a pontinha da língua na borracha pra ver se apaga os escritos à caneta.
- Secar tênis atrás da geladeira.
- Ter foto com algum famoso na estante da sala.... eu tenho uma com o Pe.Marcelo, mas fica no meu quarto, tá?
- Lamber a tampinha do iogurte, todo mundo lambe, quero ver esticar a língua até o fim do potinho pra não ficar nem uma gotinha lá dentro....
- Uma coisa que acho horrível: homem com a unha do dedo mindinho maior que as outras.... não dá nem pra imaginar onde ele cavuca com aquelas unhas.... Afffffffffffffeeeeeeeeeeeee!!!
- E quem nunca colocou umas gotinhas de acetona no esmalte que gosta tanto e que ficou um pouco duro, pra ver se ele dura mais um pouco?

Acho que chega, né????

Lá na Fernanda Reali, tem um monte de ideias pobres e um monte de unhas "mara". Bora lá se divertir?



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Massagem no ego


Em alguma época de nossa vida, principalmente quem a conhecia pela mídia, nos perguntamos como seria ser como Marilyn Monroe. Tão linda e desejada por muitos homens, famosa, carismática, sedutora e... solitária. Morreu jovem demais e infeliz, e se tornou um mito eterno.

Num mundo onde falamos o que queremos, também escutamos o que não queremos, principalmente críticas, que é o que mais se vê por aí. Talvez nem se conhece a pessoa, nem nos conhece e lá vem o bombardeio a nos colocar para baixo, no fundo do poço.

Por que será que temos tendência a nos importar com o que os outros falam de nós, mesmo sabendo que isso é uma mentira? Será que a mentira se torna tão forte a ponto de modificar uma autoestima ou uma reputação? Isso nos incomoda muito e infelizmente, uma notícia ruim se espalha com o vento, alcançando lugares onde nem imaginamos. O pior: ninguém chega a nós e pergunta se é verdade ou não! Simplesmente falam pelas costas e comentam uns com os outros e muitas vezes nem mesmo nós, os alvos, estamos sabendo o que está acontecendo.

Eu já fui vítima e acho que todos também já foram. Não é uma situação agradável, e não adianta explicar nada aos quatro ventos, porque dependendo de quem solta a mentira, convence quem ouve. E geralmente quem ouve, não se contenta em ficar de boca calada e passa a informação para frente, talvez até aumentando um conto.

Quando aconteceu comigo, fiquei muito, extremamente abalada, mas não tinha nada o que fazer a não ser me recolher e esperar a verdade aparecer. E apareceu... demorou, mas apareceu.

É triste, mas podemos ser corretas a vida inteira, mas se erramos uma única vez, todos vão se lembrar de nós por causa do erro e não de toda uma vida digna. Ou então, mesmo sem termos cometido nada de anormal, mas por pura maldade inventam coisas a nosso repeito que parece um carimbo que nos colocam e a partir daí vão sempre associar nossa pessoa a esse carimbo. É triste!

Por que uma maldade, um podre, um erro, uma fofoca ou um comentário inoportuno sempre incomoda muito as pessoas e vira foco de conversas em praticamente todos os lugares?

Por que julgar? Por que condenar? Por que não cuidar de sua vida e deixar a vida das pessoas para as próprias cuidarem?

Eu fico lendo por aí alguma maldade, principalmente com famosos, que em questão de segundos se espalha pelo mundo inteiro. Como se um famoso não pudesse de forma alguma cometer algum erro.

Passam o mesmo que nós passamos, só que a vida deles é pública. Deve ser um horror!

Hoje não ligo mais. Quer falar de mim, que fale! Quer me criticar, que critique! Quer me ofender? Vai ficar falando sozinho, porque eu sei quem eu sou, e não preciso de ninguém para dizer quem sou. Não me ofendo mais com essa situação. Será que é inveja? Ou falta do que fazer?

Não carregue mais todo o lixo humano nas costas. Filtre o que lhe falam; não se importe com a vida alheia; viva com a consciência tranquila; se você não é o que acham, problema deles! Viva com sua verdade e quem convive com você sabe como é. Não pegue para si toda a ofensa que lhe falam, não carregue esse peso na vida. E ficar dando satisfações para quê? E principalmente: a verdade sempre aparece, demora ou não, mas um dia ela bate à porta e mostra a cara. Não se preocupe com isso.

Somos únicos e exclusivos e temos nosso valor. É bom que isso fique bem claro para nós mesmos, para que saibamos contornar toda a possível maldade que falam por aí - porque falam mesmo. Deus nos ama e Ele, somente Ele conhece cada célula e cada pensamento que temos. E quem vai julgar é somente Ele.

Se ame, se admire, se dê valor. somos preciosos demais para permitirmos que outras pessoas nos quebrem o cristal interno que temos. Saibamos cuidar desse cristal, como uma joia preciosa que é.

Um ótimo fim de semana para todos!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Rio +20 e mais despesas


Para quem não acompanhou, se quiser, clique no link da Band para saber o que significa o tema.

Não sei quantas mil pessoas, não sei quanto de lucro, mas os gastos foram imensos, enormes e os desvios também, com certeza.

Será que vai resolver alguma coisa? Tenho para mim que não, nada vai mudar. Não estou sendo pessimista, mas uma mudança como estão querendo com o desenvolvimento sustentável do planeta, depende de cada um e não de alguns engravatados que trabalham em salas refrigeradas e ficam sentados em cadeiras macias, e contam com uma legião de subordinados à seu mero dispor.


Por que não investem esse dinheiro todo em educação, para ensinar desde pequenos os futuros cidadãos? Ah, mas aí o povo vai ficar instruído demais, e as regalias vão acabar porque povo inteligente sabe escolher quem vai contratar para administrar nosso país. Então é muito mais viável e fácil, reunir todo mundo, escoltar todo mundo até com o FBI e atiradores de elite, do que correr o risco de perder toda essa mordomia.


Num ponto é bom porque, com a Copa e Olimpíadas que estão chegando, o Brasil vira foco do mundo, e com certeza, muitos investidores aqui se instalarão, e muitos empregos virão e isso é bom. Mas até acontecer isso, muito dinheiro jogado pelo ralo da casa e na conta de alguns poucos que o povo, a grande massa, contratou ou vai contratar para governar nosso amado, idolatrado, salve, salve... oh Brasil!


Quando anunciaram que o país da Copa e das Olimpíadas seria aqui, eu vibrei de alegria, porque não via somente o desperdício do dinheiro, mas vi crianças procurando um esporte, vi patrocinadores, vi esperanças para muitos, vi esforços de uma comunidade inteira em se empenhar para se tornar um possível atleta a brilhar em sua própria casa. Mas parece que brasileiro não tem jeito mesmo! Vão deixar tudo para a última hora e depois lamentar não ter um patrocínio. Oras, mas não se pode depender só de patrocínio. Tem que suar a camisa, honrar o sonho, não desanimar e principalmente, não ficar tão dependente de terceiros para poder se destacar de aluma forma. Quantos atletas começaram do nada, sem nada e chegaram lá no topo? E agora podem até escolher o patrocínio?

Voltando ao Rio +20, é esperar para ver o que vai acontecer. No meio do caminho os governantes deixam os cargos e outros entram; e até engrenar de novo, já será o fim de seu mandato também. E tudo vira uma bola de neve. Mesmo o Brasil sendo tropical, o que não falta aqui é bola de neve.

Alguém tem alguma coisa a acrescentar? Gostaria de saber a opinião de vocês.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Prazer Platônico


      Carolina, num daqueles dias estafantes, com faxina por fazer, pia cheia de louças para serem lavadas, roupas para colocar na máquina de lavar, dor de cabeça, angústia, tristeza, choro... Algo não estava indo bem nesse casamento de doze anos, onde ela, por opção, resolveu ser dona de casa abandonando uma profissão que seria bem-sucedida. Não tinham filhos e isso deixava-a agoniada, pois o esposo se tornara um robô, apenas cumprindo os deveres de esposo e nada mais.

      Não sabia dizer se tinha se arrependido ou não de ter mudado radicalmente a vida abandonado seus sonhos, sua profissão e sua liberdade por um casamento que há tempos não era mais aquele mar de rosas. Aliás, o casamento nunca foi um mar de rosas, mas como boa companheira sempre soube contornar todos os problemas domésticos e rotineiros, deixando até de participar seu esposo, resolvendo ela mesma algumas chatices corriqueiras.

      Agora se achava solitária, numa casa vazia, apenas objetos para serem limpos, arrumados, organizados, e um esposo indiferente que a amava, mas raramente demonstrava algum gesto de ternura por ela. O sexo já era automático, e ela usava de artifícios após a relação para poder relaxar e, sozinha, se satisfazer. O esposo nem desconfiava achando que tudo caminhava muito bem com ambos.

      Rodrigo não se importava em não ter filhos, aliás ele nunca quisera tê-los. E nem animais de estimação. Isto deixava Carolina deprimida, pois não tinha com o que se distrair. Tempos atrás ela até fez cursos de pintura em tecido, bordados, crochê, mas isso ainda era muito pouco para uma mulher que gostava de produzir, criar, construir. Queria um pouco de emoção, de atenção, de carinho, de sexo selvagem, de gestos proibidos, pensamentos pervertidos, mas Rodrigo, sendo treze anos mais velho, não acompanhava a jovialidade da esposa. O tédio matava-a dia a dia.

      Sexta-feira, Carolina corria contra o tempo para colocar a casa em ordem e esperar pelo esposo, como sempre fazia, para satisfazer seus desejos carnais. Rodrigo chegava, tomava um banho, jantava, olhava para ela, dava-lhe um beijo na testa dizendo que amava-a e arrastava-a para o quarto. Tudo era sempre muito automático e Carolina nunca tivera a coragem de conversar sobre esta situação com o esposo, pois sabia que ele nunca a entenderia e a condenaria, desconfiando de sua atitude. Ela era muito calma e calada, preferindo concordar com a situação do que enfrentar os olhos brilhantes e verdes do esposo, que lhe davam um certo temor quando os encarava. Então se calava e permitia toda esta situação.

      No quarto tudo era sempre igual: eles se deitavam, ele beijava-a, passava a mão em seu rosto, fazia uma declaração de amor, beijava-lhe o corpo, mas só quando estava de bom humor, e começava a relação, tudo muito rápido e automático. Pronto! Virava para o lado e dormia. Carolina ia para o banheiro, ligava a ducha e se enfiava debaixo, sonhava acordada com um homem a beijar-lhe, tocando-a delicadamente, encostando-a na parede e prensando-a com seu corpo quente e másculo. Alguém que lhe beijasse loucamente a boca, lhe revirasse do avesso e que lhe desse tanto prazer que seria capaz de ficar um ano inteiro sem sexo, apenas com as lembranças de momentos intensos e inesquecíveis. Queria ser adorada e desejada mesmo que por um dia, por um estranho. Imagina um lindo ator, às vezes um cantor popular desses másculos e jovens, e se deliciava com um homem maduro, comum, sem rosto, mas que tocasse sua alma através das mãos descobrindo em cada toque uma fonte de arrepio e desejo.

      Chorava deixando a água escorrer pelo seu rosto e lamentava por aceitar essa situação, em vez de conversar com o esposo, ou mesmo contar do que gostaria que ele lhe fizesse. O medo era maior do que a coragem. Se contentava com suas fantasias solitárias, com um homem sem rosto, com corpo forte, com boca quente, com voz macia declarando em seus ouvidos e a da-lhe um prazer que nem o mais sensível poeta seria capaz de descrever.

      Fechou a ducha, se enxugou, colocou a camisola, algumas gotas de perfume e foi se deitar do lado do esposo, que a essa hora, já roncava como um porco, pronto para o abate. A tortura da semana já havia terminado e no outro dia tudo continuaria como sempre foi, com toda aquela rotina, todo aquele tédio que deixava-a aliviada, pois ainda faltaria uma semana para a próxima sexta feira, quando outra sessão de tortura aconteceria de novo.

      E assim continuaria vivendo, como Deus queria... Era como Carolina definia sua vida.

      Fim.

sábado, 23 de junho de 2012

Esmalte e festa junina



Esmalte e festa junina.... que delícia!!!

Eu poderia ter outras fotos melhores, mas a festa que eu vou é hoje à noite. Uma grande amiga minha, há nos, tem o hábito de "levantar" o santo, rezar o terço, depois compartilhar as farturas, típicas de Santo Antônio. Pena!

Então, como meus filhos já estão todos crescidinhos, não dançam mais a quadrilha, pouco pude mostrar aqui.

Mas minha bonequinha eu mostro quando ainda era criança e ficava doida para dançar a quadrilha. Eu sempre me emocionava vendo-os dançar, seja o que fosse. Foto do meu filho, não achei, vestido de caipira... Preciso procurar melhor... Deve estar com o pai...

Então, para não ficar só nesse vermelhão das unhas, com o esmalte Ludurana antialérgico Nina, que amei, fui fazer um singelo bolo de fubá. Então, essas plaquinhas sobre esse pratinho aí... é o meu bolo, tá? Entenderam agora porque fogão e eu não nos damos muito bem.... Mas, como diz minha filha: "tá gostoso, mãe!".

Então tá, se tá gostoso, fico feliz!

Vamos dançar um pouquinho nas outras postagens das meninas da BC da Fernanda Reali? É só clicar e se divertir! Vamos, gente! O caminho da roça é por aqui!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Filhos

Essa imagem é do Google, mas o quarto de minha filha é bagunçado... um pouco menos, mas é !


Positivo! É nessa hora, com a certeza do positivo do exame de gravidez, que já nos tornamos mães...

Esperamos ansiosas pelos nove meses, com enjoos, mal estar, boca amarga, fome excessiva, sono exagerado....

Até que finalmente parimos e conhecemos nosso rebento. Ou nossos rebentos. O amor é incondicional, a entrega é total, modificamos tudo em função dos pequenos, noites de sono já não sabemos mais o que é, e uma coisa agoniante: o choro do bebê. Isso até conhecermos o seu significado, aí tiramos de letra.

Aí eles vão crescendo, sendo amados, cuidados, educados e acham que podem tudo.

Mas sei que grande parte dessa culpa é nossa: os pais. Explico: eles se acostumam com uma rotina em nos ver trabalhando, limpando, passando, cozinhando etc, e quando alguma coisa não é realizada nessa sequência, começam a reclamar.

Um dia, numa conversa com minha filha, eu como sempre falando e falando para ela pelo amor de Deus arrumar a bagunça do quarto dela, ela simplesmente disse como sempre diz, que o quarto era dela e que ela o deixava como quisesse. Eu disse que o quarto fazia parte da casa, portanto tem que ser como eu quero. E que quando ela tivesse a casa dela, ela deixaria como bem entendesse.

A resposta da lindinha da mamãe: "essa casa aqui é minha, e eu deixo meu quarto como quiser agora!".

Pronto! Mais essa agora que tenho que ouvir. Além de ser chamada de chata, agora tenho que escutar nas entrelinhas que essa casa aqui não é minha. Isso doeu.... e muito.

É claro que a casa é dela "também", mas não precisava me responder nesse tom.

Outro dia, meu filho conversando com um amigo, e esse amigo me olhou e perguntou se eu era uma mãe difícil. Ele me olhou, deu uma risadinha, bufou e respondeu que sim, que sempre sou chata. Não pensei duas vezes e respondi que estava farta de filhos que me tratam como empregada. Ele se calou.

Nos damos muito bem aqui, com muito bom humor; e é assim mesmo, os pais sempre são os chatos, porque cabe a nós a educação. Mas custa aos filhos serem um pouco mais tolerantes com nós?

Se algo deixa de ser feito para o conforto deles, a obrigação e a casa é minha, mas quando eles bagunçam e não se incomodam com isso, a casa é deles....

Eu não cobro nada por todo esse tempo de amor incondicional que tenho, por todo o cuidado com eles e tudo o mais, pois isso é obrigação. Mas será que eles, os meus filhos, ou todos os filhos, pensam que sou um robô, que não me canso, que não fico esgotada, nervosa? Será que não entendem que quero colo de vez em quando? Que gosto de carinho também? E de atenção? E que não sou empregada deles? E que eu como tantas outras, tiro de minha boca para poder dar o melhor para eles?

Quando parimos, o amor incondicional entra em nós para sempre. Mas e o amor deles? Até onde vai esse amor? Falando num todo agora: quantos e quantos filhos cuidam dos pais com todo o descaso do mundo? Uma mãe com cinco, seis, muitos filhos, quantos cuidam dela quando ela precisa, assim como foram cuidados desde sempre?

Como sempre ouvi minha avó dizer: "uma mãe cuida de cem filhos, mas cem filhos não cuidam de uma mãe"; e que só vão saber o que é cuidar de um filho, quando forem pais. Eu devo ter sido assim também com meus pais, não nesse exagero porque na minha época não tinha todo esse diálogo, e eu ficava calada, por respeito ou então por medo mesmo. Mais por medo de meu pai do que por respeito. Pai era pai e filho era filho, sem muitas conversas.

Será que estou muito amarga hoje?

Isso porque não disse que agora sou sempre chamada de viciada em internet. Sou mesmo! E daí? Será que nem me divertir eu posso mais? Eu trabalho o dia todo, em casa, e fico na internet somente à noite quando eles estão por aqui. Então acham que fico o dia todo à toa, somente teclando, ou o que quer que seja. Até que agora pararam um pouco de implicância comigo, depois que eu, ironicamente, pedi desculpas e disse que não sabia que não podia me divertir, que tinha que ficar o tempo todo por conta de casa e de filhos.

Aqui temos um diálogo aberto, se não gosto eu falo e se eles não gostam, falam também. Mas tem dias que fico cansada. Não deles, isso jamais.... Mas da situação de mãe/empregada o tempo todo. Mesmo eu tendo educado os dois para serem independentes, para o mundo, para nunca passarem dificuldades e nem vergonha em nenhum lugar, mesmo assim eu canso de toda hora ter que responder perguntas que bastariam eles espicharem o pescoço e procurar. Aí respondo com má vontade, peço para eles se virarem, e o que eu escuto é que sou chata, que não custa nada dizer onde se encontra tal coisa. Isto cansa... e muito!

Pronto! Outro desabafo de uma mãe cansada....

Alguém passa por isto também? Ou só eu? Os filhos são realmente todos iguais? E os pais, são sempre os chatos, os carrascos?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O primeiro e último amor



      Seis meses se passaram depois da morte de dona Isolina, esposa de seu Arnaldo. Casamento de cinquenta anos e três meses, até que ela morreu "de repente", como costumam dizer quem simplesmente morre, sem antes apresentar nenhum sintoma de nada. Foram felizes na medida do possível, com seus altos e baixos, com muitas cobranças por parte da família, que seu Arnaldo achou, num determinado período, que tudo se acabaria. Mas os anos foram passando e tudo foi se ajeitando como tinha que ser. Os seis filhos nasceram, cresceram e formaram família. Agora seu Arnaldo estava sozinho, mas não se sentia solitário e nem infeliz. Ainda tinha muito o que viver, apesar de seus setenta e dois anos, com uma saúde de dar inveja a qualquer jovem e ainda uma última atitude que ele pretendia ir atrás. Agora era a hora.

      Na sua juventude, seu Arnaldo foi um galanteador, um conquistador, que deixou muitas moçoilas apaixonadas e perdidas por ele. Mas uma única moça resistiu aos seus encantos: Beatriz! Linda morena, sensual, cativante e com um sorriso arrebatador. Ela não dava muita conversa para Arnaldo na época, pois já tinha compromisso sério com um outro rapaz, que fora arranjado pela família, como era o costume daquela época. Seu Arnaldo sempre procurava saber por onde andava Beatriz, e quando a encontrava casualmente pelas ruas, ficava só de longe a admirar aquela que conquistou seu coração. Continuava bela como era na juventude, muito discreta e também viúva há alguns anos.

      Seu Arnaldo não pensou duas vezes: agora iria atrás daquela ingrata que nem ao menos lhe ofereceu os lábios carnudos para que sentisse o gosto de uma paixão platônica, por esses longos cinquenta e poucos anos. Agora estava livre para buscar aquele corpo que aos olhos, continuava perfeito; não um corpo sedutor ou jovial, mas um corpo feminino que sempre desejou. Poderia ele agora, traçar planos, combinar passeios, e quem sabe, se casar de novo. Por que não?

      Só de imaginar esse encontro, ficava todo eufórico, o coração disparava, as borboletas lhe enchiam o estômago com aquele friozinho típico de apaixonados e o deixava mais jovial ainda. Um belo dia, decidido, tomou um bom banho, se perfumou, colocou a melhor roupa e foi à procura da amada, que durante esses anos todos, aguardava num cantinho todo especial nesse coração idoso, porém, ainda capaz de amar e ser amado. Estava se sentindo jovem, bonito, mas não queria ser aquele sedutor de outrora: agora era um simples cavalheiro que estava em busca de sua rainha adorada para lhe oferecer o braço quando saíssem para um passeio, e um lar, quando finalmente o casamento se concretizasse.

      Sabia onde dona Beatriz morava e com um belo buquê de rosas cor de rosa, bateu à sua porta. Ela atendeu e se assustou. É claro que se lembrava dele, apesar de nunca o cumprimentar nas ruas, quando se cruzavam por acaso, ou por uma premonição do destino que já traçava um final de vida juntos. Convidou-o a entrar e lhe preparou um café. Serviu uma mesa simples, mas muito bem arrumada, com um bolo de laranja que exalava um perfume delicioso por toda a casa. Conversaram a tarde toda, até que seu filho chegou, cumprimentou seu Arnaldo, conversou um pouco e logo saiu novamente. Ficaram os dois sozinhos e seu Arnaldo finalmente teve a coragem de se declarar. A voz embargada não impediu que ele pegasse suas mãos, que agora estavam suando frio e trêmulas, o coração disparado, as pernas trêmulas e a respiração ofegante...

      Os olhos de Beatriz brilharam quando ouviu todas as declarações, e sem pensar muito, confessou que aquele sentimento era recíproco, apenas não deu confiança por ele ser muito galanteador com todas, e não queria ser apenas mais uma em sua vida. Pronto! Se abraçaram, se beijaram e começaram um romance.

      Mas seu Arnaldo não queria ficar no romance; queria se casar logo e viver o pouco que lhe restava ao lado de seu grande amor. Dona Beatriz aceitou e marcaram a data. Se casaram, viajaram para uma cidade próxima, pois não queriam perder tempo com lugares longes. Tinham mais o que fazer do que conhecer lugares; isso ficaria para uma outra ocasião. Queriam ficar a sós, em sua casa, que fora toda reformada, alguns móveis trocados e muito bem arejada.

      Seu Arnaldo e dona Beatriz nunca foram tão felizes como estavam sendo agora, e isso deixava bem visível para todos que os conheciam. Irradiavam juventude e demonstravam isso para todos que os viam. Que seja por um ano, ou por um mês, não importa! Tinham pressa de viver esse amor que fora guardado esses anos todos.

      Um dia, seu Arnaldo se levantou antes de sua amada, para lhe fazer uma surpresa, afinal já se passara um mês daquela união mais que esperada. Pegou uma bandeja e arrumou um lindo café da manhã, com um solitário com uma rosa cor de rosa, como ela gostava, e foi acordar sua rainha. Chegou ao quarto, colocou a bandeja numa mesinha que ficava num canto do quarto e foi encher de mimos a doce Beatriz. Estranhou ela não se mexer, nem acordar, pois sabia que tinha o sono leve. "Deve estar cansada demais" - pensou ele. Passou a mão pelo seu rosto e sentiu uma pele gelada. Começou a sacudir e nada! Pegou sua mão também gelada, já estava com as unhas escuras, começou a massagear os punhos, e nada! Começou a chorar desesperadamente. Beatriz estava morta!

      Morrera tranquila em sua cama, com um leve sorriso nos lábios e uma feição de total felicidade. "De repente", mais uma vez essa morte sem anúncio rondou a vida de seu Arnaldo. Se foi seu amor, lhe deixando apenas a saudade e o contentamento de ter vivido por um mês, a mais perfeita harmonia, o mais profundo amor, o mais ingênuo carinho, a ternura verdadeira. Um mês que valeu por toda uma vida...

      "Vai, meu amor, e me espere que logo lhe encontro, seja onde for... eu lhe procuro por toda a eternidade, mas lhe acho, e lhe pego de novo e não solto nunca mais".

      Foram essas as palavras de seu Arnaldo, quando o caixão de sua amada desceu ao túmulo.

sábado, 16 de junho de 2012

Blogagem Coletiva - Esmalte e Palavras de Amor



Que tema mais gostoso, mais apaixonante, mais fascinante... quem não gosta de falar de amor?

Esse é um complemento da BC de sábado passado, onde desabafei e disse que agora é a hora da mudança...

Então, para não ficar falando muito, está aqui o grande motivo de meu entusiasmo em mudar, me cuidar mais, começar tudo de novo... além dos outros motivos, como essa BC que tanto aumentou minha autoestima...

Dizem que sofrimentos, tragédias... quando aparecem, aparecem aos montes....

Então, as alegrias, os amores, a autoestima, quando aparece, aparece o pacote inteiro também... nada sozinho ou isolado... é só pegar e saborear e dar valor a cada item, cada pessoa, cada situação... é o que estou fazendo agora...

Como

Como o tudo vem do nada
Como o nada vira tudo...

Como posso te ver
Sem mesmo te conhecer...
Como...

Como sinto o teu tocar
Se não vejo o teu olhar...

Como... ah este desejo
Que eu tanto almejo...

Como explicar este meu coração
Se não tenho o toque da tua mão...
Como...

Como acalmar meu corpo que não para
Não sei... não tenho mais razão...
Só sei... e como sei, que teu nome é Clara.

Como te adoro!


Acho que não preciso dizer mais nada...

O esmalte que amei a cor: Ludurana antialérgico, Fama.

Mais momentos românticos no blog da Fernanda Reali.... Deem uma espiada lá... e se apaixonem...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Amor aos Pedaços - Questionamento


Hoje é dia de Blogagem Coletiva de Rosélia, Luma Rosa e Rute. Cliquem nos links para ler mais textos sobre questionamentos.

A fase hoje: questionamentos, vem bem a calhar porque se tem uma coisa que sou é questionadora.

Durante muito tempo, ainda jovem e imatura, passava por situações que me deixavam muito, mas muito infeliz. E questionava as pessoas sobre isso; e o que eu ouvia é que era assim mesmo e que eu tinha que me conformar. Aí começou meu questionamento e inconformismo com uma situação de tristeza e sofrimento.

Acho que naquela época era comum. Vou explicar: ainda quando namorava, por ser de pouca idade e ter uma base familiar não tão presente, eu e meu namorado, que depois se tornou meu esposo, brigávamos muito, discutíamos, eu terminava, ele implorava, eu voltava.... e ficou nessa lenga-lenga até o casamento.

Mas depois de casada nada mudou, claro que não, e aos poucos foi piorando. O sofrimento foi muito, mas como uma situação assim era comum desde sempre com meus pais, achava normal, mas mesmo assim ficava inconformada. Não aceitava que uma união seria um sofrimento, uma tortura diária. E comecei a questionar as pessoas, a observar os casais; e muitos deles diziam que era assim mesmo, que não é fácil conviver com outra pessoa, porque cada um tem gênio, manias etc....

O tempo foi passando e nada melhorava... e já a ponto de explodir, conversei com aquele que sempre nos ouve e nos encaminha ao melhor caminho: Deus! E foi depois de muita reflexão, que decidi não mais viver com tanto sofrimento. Me separei.

Talvez exatamente por isso que tantos casamentos não duram o que duravam no tempo de minha avó ou de minha mãe. As mulheres principalmente, perceberam que não precisam se sujeitar a uma vida que não lhes satisfaçam, o que antigamente era impossível, pois a mulher era dependente do marido.

O que eu aprendi com todos esses questionamentos é que muitas das coisas que passamos, principalmente os sofrimentos, é porque de certa forma nós aceitamos  ou acreditamos no que nos é passado, ou colocamos os problemas nas costas como um fardo pesado e vamos vivendo, como sendo uma situação normal. Não é! Ninguém precisa aceitar ou acreditar no que lhe incomoda. Questione! Vá até as últimas consequências, discuta, e tire suas próprias conclusões.

Esses questionamentos são muito importantes para nossa vida. De certa forma vivemos em uma sociedade, com regras, costumes, manias; e é comum traçarmos uma vida semelhante com a dos outros. Mas não! O que pode ser bom para mim, para o outro é péssimo. Foi assim que cheguei à conclusão de que não basta os questionamentos com as mesmas respostas, é preciso uma atitude que modifique o que lhe incomoda.

Acho que não só em relacionamentos, mas em tudo na vida, são necessários esses questionamentos. Existem os formadores de opinião, e consequentemente, existem os seguidores desses formadores de opinião. E existem os questionadores, que com suas dúvidas, procuram respostas para perguntas que ninguém faz.

Isso é um perigo, principalmente hoje em dia em que os valores estão um pouco balançados, a mídia prevalece em muitos lares e acaba impondo um produto que para muitos não é de serventia nenhuma. O consumismo acaba sendo por puro modismo. Mas por que eu deveria usar tal produto? Que benefício ele me trará? É um questionamento. Assim como na vida pessoal, os questionamentos são necessários.

Basta ter um pouco de curiosidade e não ir aceitando tudo o que nos é imposto, geralmente por um grupo pequeno de pessoas, que dominam um mercado em benefício próprio.

E vida, cada um sabe o que é melhor para si. Escolhas nós fazemos, ou então aceitamos as escolhas dos outros, o que poderia nos deixar imensamente insatisfeitos. É bom pensar no assunto e também tomar uma atitude quanto a isso.

Por outro lado, quando nos deparamos com outro amor, esse que nós termos certeza de que agora sim, é um amor sem cobranças, com companheirismo, com cumplicidade, admiração, respeito, com grandes afinidades e que não entendemos como poderia existir tamanho sentimento; outro questionamento: o que faz com que um sentimento tão puro, tão nobre, se aflore em dois corações, a ponto de nos mover espiritualmente e se instalar em outro corpo? Será que vale mesmo a pena arriscar tudo, depois de tanto sofrimento? Será que toda aquela tortura irá se repetir? Quem sabe? Ninguém sabe; mas numa fase mais madura, com mais certezas do que não queremos e a vontade de tentar de novo e viver um amor que faz com que nosso coração acelere, alma se acalme e tudo é recíproco, por que não tentar de novo? Afinal a vida é breve, muito breve, e num sopro tudo se acaba.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia meloso


Hoje é o dia dos apaixonados, dos enamorados, dos amantes...

Por mais que sofremos por amor, por mais lágrimas que derramamos, por mais fatiado que fique nosso coração, é ele, e sempre ele que procuramos: o amor!

Nós somos feitos do amor de Deus, e temos o dom de amar muitas vezes, de várias formas, muitas pessoas...

Mas aquele amor destruidor, quer dizer, que nos modifica e nos deixa meio "bestas", aquele amor carnal, é o que procuramos e queremos encontrar, nem que seja por um tempo indeterminado...

O contato físico, o olho no olho, o toque carinhoso, o beijo na mão - adoro beijo na mão, o beijo na boca, o gosto, o cheiro, o coração acelerado; e também, por que não, um carinho, um amor de uma pessoa que está longe, mas tão perto, que não temos todo esse contato, mas tudo é tão presente através da internet que o que é virtual, mais cedo ou mais tarde se torna real.

Existem muitas pesquisas, inúmeras dicas, especialistas super engajados em ajudar os que procuram a alma gêmea, o par perfeito, a metade da laranja, a tampa da panela... Mas o par perfeito ainda é o que amamos e somos amados. Não adianta dicas e nem regras... o coração bateu mais forte por alguém e foi correspondido? É esse! Sem normas! O que podemos fazer sempre é primeiro nos amar, nos respeitar, para aí sim termos uma relação gostosa, que nos faça bem e felizes....

O importante é não desistir: sonhe, queira, planeje, procure mas sem procurar, observe à sua volta, converse com pessoas.... e não se desespere... um dia a pessoa aparece...

E quando chegar esse dia, não deixe passar em branco, comemore todos os dias, surpreenda todos os dias, ame todos os dias, o dia todo, acarinhe todos os dias, beije todos os dias muitas vezes ao dia... afinal é dando que se recebe, não é?

Um ótimo dia dos namorados para todos!

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

O primeiro beijo



      Carla, como sempre, se aprontava muito rápido: a roupa já era programada em sua memória durante o dia, que fazia combinações possíveis, até achar o que lhe ficaria melhor naquela noite. Então, era só tomar um bom banho, secar os cabelos, maquiagem leve, pois ainda era uma adolescente, e a roupa escolhida. Linda! Era o que todos diziam quando aparecia toda produzida, na sala de sua casa.

      Ficara de se encontrar com as amigas no centro da cidade, que não ficava tão longe assim, e naquela época, início dos anos oitenta, era tranquilo caminhar pelas ruas sem se importar com algum provável perigo.

      Chegando no local marcado, todas as meninas bem parecidas, adolescentes com o frescor da juventude a lhes escapar pelos poros, olhos atentos a procurar por algum "paquera", ou achar alguém interessante que estivesse por ali.

      Carla era uma menina tímida, que ficava pelos cantos só observando o movimento do ir e vir das pessoas, naquele calçadão com vários bares, frequentado por jovens da cidade. Praticamente ficava se escondendo atrás das amigas, caso algum moço lhe olhasse mais nos olhos, lhe piscasse ou lhe acenasse para poder conversar. Na verdade seu jovem coração já batia acelerado por um rapaz, um pouco mais velho que ela, muito cobiçado e que achava impossível ele lhe dirigir o olhar. Mas mesmo assim suspirava quando Alfredo passava por ela, exalando aquele perfume marcante de homem mais velho, um sorriso lindo, que derrubava qualquer garota de sua idade.

      Já o conhecia há algum tempo; apenas conversaram um pouco, mas devido a sua pouca idade, não tinha esperanças com aquele homem perfeito de lindo. Ficava de olho, mas de longe, e desviava o olhar caso Alfredo lhe encontrasse em algum lugar.

      Nesse dia, Carla estava exuberante e não tinha como não ser notada. Então, Alfredo, com toda a sua simpatia, passou por ela, mas chegando por trás, sem ser notado e de surpresa segurou em sua cintura e disse um "oi" praticamente sussurrando em seu ouvido. Carla, assustada, se virou para ver quem era o atrevido a lhe tocar o corpo... e quase desmaiou quando viu todo aquele sorriso só para ela. Teve a impressão de mudar de cor... engoliu seco, e com muito custo retribuiu o "oi", dando-lhe um beijo no rosto, como era o costume. Mas por dentro, Carla tremia, o coração disparou... e o susto provocou nela uma reação que nunca havia sentido: uma paixão platônica que deixaria de ser e se tornaria real, as pernas bambas que mal a sustentavam num pequeno salto, mãos geladas que não se decidiam onde ficar, um frio na barriga e uma voz embargada, como quem tem que encarar uma multidão e não saber qual a primeira palavra a ser pronunciada. "Oi", foi o máximo que conseguiu soltar, com voz baixa, trêmula... e deixou que Alfredo, para o bem de todos, conduzisse a conversa.

      Alfredo deve ter percebido o brilho nos seus olhos e isso o encantou; a meiguice e doçura de Carla era cativante e não seria diferente com aquele rapaz que de certa forma, já tinha uma experiência com garotas. Mas não como Carla, doce e terna, olhar inocente mas sedutor, menina com corpo de mulher... Ficou encantado de vê-la tímida e mal respondendo suas perguntas.

      O tempo foi passando e a hora de voltar para casa se aproximava, pois como toda "moça de família", tinha hora certa para estar dentro de casa. Se despediu das amigas, e disse para Alfredo que precisava ir. Mas como bom cavalheiro, se ofereceu para levá-la para casa. Carla se surpreendeu, pois apesar de sua paixão platônica, nunca imaginara estar ao lado de um homem como Alfredo. Aceitou.

      Entraram no carro de Alfredo: um Chevette marrom, o carro da época, dos jovens, e ouvindo música romântica, inocentemente Carla, chegando à frente de sua casa, abriu a porta do carro para descer... mas Alfredo a puxou de volta, segurou no seu rosto e lhe deu um beijo na boca, daqueles de língua, de tirar o fôlego, de bambear as pernas, de perder o juízo... Carla retribuiu o beijo apesar de ter ficado zonza, apesar de não ter noção do que estava acontecendo, e nem dando tempo de se preparar para um acontecimento tão importante ao qual estava esperando há algum tempo.

      "Deus do céu!" Pensou Carla... "O que aconteceu aqui? Esse foi meu primeiro beijo na boca e Alfredo nem sabe disso... ". Se despediram; Carla entrou em sua casa, e ficou a noite toda acordada, ainda com aquele gosto do beijo na boca, ainda com o perfume daquele homem que antes era inatingível, e com um frio na barriga. Ansiosa, ficou imaginando um namoro, um noivado e até quem sabe, um casamento com aquele primeiro amor a lhe beijar a boca. Agora, deitada em sua cama, é que conseguiu sentir de verdade aquele primeiro beijo, o gosto da saliva de um homem, a respiração tão próxima de seu rosto, a maciez dos lábios, olhos fechados... engraçado que ela ficava se perguntando por que fechar os olhos; e depois daquele beijo, viu que é um gesto automático, como se tivesse um botão que quando encostar em outros lábios, os olhos se fecham, acionados por esse botão. Deitada, de olhos fechados, ela passava seus dedos nos lábios, ainda imaginando aquele gesto que mudara completamente sua vida, que se tornara um marco divisor entre menina e agora mulher. E continuava a sentir aquele gosto mágico, aquele gesto tão comum, mas que naquele dia invadiu sua vida, sem querer, sem pedir, sem avisar...

      Mas Carla nunca mais ouviu falar de Alfredo. Procurava pelas ruas, nas noites, onde tinha o costume de vê-lo, mas não sabia por onde ele andava. E o tempo foi passando, os anos, Carla namorou outros rapazes, mas nunca, nunca se esqueceu daquele primeiro beijo que lhe foi roubado, e que ela queria muito devolvê-lo para aquele homem inatingível, que por um dia, lhe atingiu o coração. Simplesmente inesquecível!

sábado, 9 de junho de 2012

Blogagem Coletiva - Esmalte e Tempo



Como eu gasto meu tempo? A maior parte trabalhando...

É engraçado isso, mas depois que me separei, isso já há quatorze anos, me enfiei no trabalho e não parei mais.

Depois de vários problemas, várias circunstâncias que não vou citar aqui, comecei a trabalhar como autônoma em casa e o tempo todo que tinha era só trabalho.

Trabalho dobrado, pois além deste, tem os filhos, a casa e toda aquela rotina que nós todas sabemos como é.

Mas, de uns tempos para cá, depois de uma melhora em minha vida, minha cabeça, estou com necessidade de dividir esse tempo com outras coisas que não seja trabalho, casa e filhos.

Acho que agora é a hora de pensar em cuidar um pouco mais de mim, de viajar, me divertir, recomeçar de onde eu parei lá atrás... O tempo foi passando e me esqueci de meus prazeres... Um erro isso, mas aconteceu.

O que eu sei é que o tempo é muito curto, passa por cima de nossas cabeças e nem percebemos... E quando se vê já se passaram cinquenta anos, como diz nosso Mário Quintana. E é verdade! Os filhos crescem, a casa continua no mesmo lugar, os problemas também, as contas para pagar, o aumento dos preços.... tudo! E você vai envelhecendo e se esquecendo....

Ainda acredito que tudo acontece na hora certa, tudo tem um motivo e nada é por acaso. Talvez se antes, anos atrás, eu tivesse pensando mais em mim do que nos outros, mais em mim do que nos filhos, mais em mim do que me trancar em casa, mais em mim do que chorar tanto e sofrer tanto.... Talvez eu tenha me perdido por aí, ou talvez eu tenha errado mais, ou talvez tudo seria diferente hoje... Mas não vivemos de "se" e sim de realidades, do que está ao nosso alcance no momento. Vivemos o que tínhamos que viver, e passamos pelo que tínhamos que passar.

E recomeçar sempre, enquanto há vida, há recomeço... e agora é a hora, o tempo de recomeçar tudo de novo....

Um pequeno desabafo num sábado nublado e friozinho.....

O esmalte: Argento Milão cremoso e por cima, Ludurana Clear Poly, que não dá pra ver nas fotos (só para variar), mas tem glíter nele. Adorei essa combinação!

Mais esmaltes e mais tempo lá na Fernanda Reali, que foi uma das responsáveis para que eu olhasse mais para mim, me cuidasse mais... Isso mesmo! Foi através dessa BC dela, que passei a colocar cores nas minhas unhas, além de conhecer outras tantas amigas dos blogs....Obrigada, Fernanda!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O amor.... esse inexplicável sentimento



De tudo que todos já tentaram escrever, mesmo assim, não se conseguiu explicar este sentimento: o amor.

O que acontece com nosso organismo quando amamos? E quando amamos e somos amados? Há uma diferença entre um e outro, mas é certo que não há fronteiras para o coração encontrar um outro coração e bater mais forte.

Fui pesquisar a respeito, mas são nomes complicados, muitas teorias, muita pesquisa, mas a prática é uma só: química!

Uns falam de cheiros, outro do som da voz, outros da visão que temos, não importa; no meio de uma multidão uma pessoa nos chama a atenção. Por que isso acontece? Acho que o assunto é bem mais profundo do que todas as teorias já descritas. Acho que tem algo a mais no ar... que ainda não temos a capacidade de explicar.

Uns falam em paixão, outros em amor, outros em entusiasmo, outros em atração... também não importa. É certo que algumas pessoas nos atraem mais, mexem com nossos sentimentos, se instalam em nossos pensamentos e aceleram nosso coração.

O coração, sempre ele! Se é o cérebro o órgão pensante, por que o coração é que leva a fama? Por que é mais bonitinho? Por que seria o que conseguimos sentir? O cérebro fica ali quietinho, só articulando situações e mandando recados para ele: o coração. E este bate acelerado, quase entrando em colapso.

Deus foi perfeito ao criar o homem, de corpo, alma e sentimento. Somos capazes de amar muitas vezes...

Não acredito em apenas um amor eterno; acredito em muitas formas de amor, digo amor de paixão mesmo, aquele amor carnal, que desequilibra nosso cérebro... que nos derruba, que temos necessidade de estar com a pessoa, de ver, ouvir, sentir... como se quiséssemos entrar dentro de outro corpo e nunca mais sair...

Como é bom amar.... e como é bom amar e ser amado!

E se esse amor acabar um dia? Qual o problema? Começamos tudo de novo... renovamos sentimentos, paixões, amores.... tudo do começo...

Semana que vem tem o dia dos namorados; tempo de romantismo, de declarações, de entregas, de coisas melosas... ah, que delícia!!!

Aproveitem esse dia, com ternura, com paixão, com amor mesmo...




Um ótimo fim de semana para todos!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Amor e assassinato

Uma tendência que está acontecendo ultimamente, bem além do normal: mulheres matando seus companheiros.

Parece um inversão de forças, o poder do dinheiro, da posição social, da intolerância, da infidelidade, seja lá o que for; praticamente todos os dias temos uma notícia dessa.

Será que vão criar a Lei "José Maria"? Acho que está precisando mesmo! Tem muita mulher brava por aí, não se importando com conceitos ou regras, querem mais o benefício próprio.

O que será que sente uma mulher que mata um marido? E nem é só marido... Semana passada uma senhora foi presa por ser acusada de matar o próprio filho, porque ele tinha bens e ela não! Olha que absurdo?

Os valores estão mesmo sendo deturpados, desvalorizados a passos rápidos, que não sabemos onde tudo isso vai parar.

O respeito então, nem se fala mais: completamente fora de uso em todos os lugares. Será que é culpa da mídia que mais e mais nos empurra um luxo que a maioria nunca terá? E que a impunidade é tão evidente que os desprovidos de caráter nem se importam em ter uma provável ficha suja por algum tempo, mas viver bem confortávelmente por toda a vida? E a roubalheira dos governantes que está uma pouca-vergonha sem tamanho, que dá nojo, dá ânsia, que nem dá vontade de ficar comentando.

Eu particularmente estou muito desanimada com essa política e esses caras-de-pau que nem disfarçam mais. E o povo ainda aplaude qualquer sem-vergonha que fala meia dúzia de abobrinhas que poucos sabem que não passam de palavras ao vento, e contratam esses sem-noção para tomarem conta de nosso país.

Mas voltando às mulheres assassinas, será que não seria uma revolução feminina, agora com um apelativo sem volta? Mata e pronto!

Pode ser que esteja enganada, mas assassinatos estão tão comuns hoje em dia, que a comoção é momentânea; enquanto que, quando uma pessoa mata um animal, a comoção é tão grande que chega a assustar. Mas depois tudo passa e fica como era antes. Deixam de ser pessoas ou animais e passam a ser um número na estatística.

Se fosse tão fácil assim, exterminar todos que nos incomodam, nos prejudicam, nos maltratam, aí seria muito fácil.

Lembram que antigamente os homens podiam matar as esposas casos elas cometessem o adultério? Que horror! Será que chegaremos a esse ponto, e damos como desculpa uma TPM que hoje em dia é totalmente controlada?

Não posso julgar a TPM de cada uma, mas o estresse é realmente insuportável, mas não chega ao ponto de querer assassinar. Se fosse assim, alguns crimes não seriam tão bem elaborados, como acontecem em alguns casos.

Essa semana, a esposa de um empresário assassinado, foi presa como suspeita. O motivo: traição!

O desamor está em toda parte, em qualquer família, não importando a condição social ou cultural. A vingança hoje é presença em muitos lares. A intolerância e falta de respeito, ninguém mais se importa.

Um horror! Meninos, se cuidem!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dia de Rainha

Eu acho ela uma figura!

Este ano a Rainha Elizabeth completa sessenta anos de reinado.... Uau! Uma vida inteira...

Fiquei pensando: como será a vida de uma rainha? Dentro de quatro paredes, é claro que é igual como qualquer uma, como uma de nós, só que com mais pompa, mais luxo, mais regalias e menos, muito menos liberdade e privacidade.

Não gostaria de ser uma rainha como Elizabeth, e nem como outra rainha que exista por aí. Imaginem: se com alguns comentários, algumas poucas fofocas a nosso respeito ficamos incomodadas, imaginem um mundo inteiro de olho em nós, onde vamos, o que vestimos, o que comemos...

Mas também sei que para ela, essa vida é comum, pois não conhece outra forma de viver. Difícil deve ter sido para sua nora, a Princesa Diana, que era plebeia e se casou com um príncipe. Perseguida, carismática, gentil e com um olhar sofredor. Não deve ter sido nada fácil esse fardo que ela carregou. Bem diferente da esposa do Príncipe William, Kate, com quem se casou faz pouco tempo. A diferença deve ser o amor que existe, enquanto que no primeiro, ninguém sentia esse amor. Agora... vamos combinar? Príncipe Charles? Só Camila merece, a Duquesa de Cornuália....

Vocês sabiam que foi Camila quem escolheu Lady Di, para se casar com o Príncipe Charles? Pois é... Já naquela época era o grande amor dele, e que agora, com certeza, é sua rainha. Que coisa, heim?

Será que alguém se sente uma rainha, com sua família, com seu esposo? O que é ser uma rainha sem fortuna, sem castelo, completamente anônima?

Ser tratada com respeito, com amor, com compreensão, companheirismo, cumplicidade... E ser a única no coração de um homem. Creio eu que quem tem uma vida assim, é uma verdadeira rainha.

O que acham?

Então, que Deus salve a Rainha Elizabeth!

sábado, 2 de junho de 2012

Esmalte e cuidados com a pele


Blogagem Coletiva - Esmalte e cuidados com a pele.

Nesse tempo seco, a pele fica um craquelê, então é bom hidratar sempre, bebendo muita água e passando cremes, muitos cremes.

Não tenho uma marca preferida para cremes para o rosto, mas esses dois estou usando já faz um tempo e gostei muito. Para o dia, Creme Clareador com FPS 15, e à noite, Creme Fácial 40 anos, tudo da Abelha Rainha. São baratinhos, duram muito e têm um efeito ótimo.

Cremes anti-rugas eu uso faz tempo, acho que desde os vinte e oito ou 30 anos. Todos os dias, sem faltar nenhum, além de nunca, jamais, dormir maquiada, por mais cansada que estiver. Já no banho, lavo o rosto com o sabonete, não importa qual, e depois se usar alguma maquiagem, na volta tiro com um removedor, desses bem baratinhos, tipo Leite de Colônia, que deve existir desde os tempos de Eva, mas é bom e tem o mesmo efeito. Além dele, lavo o rosto com sabonete e depois passo o creme para noite.

Outra coisa muito boa: esfoliante. Mas se você é como eu, que vende o almoço para comprar o jantar, faça um caseiro que o efeito é o mesmo. Apenas um punhadinho de fubá misturado com creme hidratante, faça uma pastinha, na palma da mão mesmo, e vá passando pelo rosto, em formas circulares, sentindo aquela areinha na pele, retirando todas as células mortas. Depois só enxaguar e passar um creme, de costume, como esses que citei aí em cima. A pele fica uma seda!

Essa rotina eu digo que vale a pena, principalmente para as jovens que ainda não sabem dos efeitos do tempo na pele da gente. Vale a pena investir nisso sempre.

Hoje, eu com quarenta e seis, se ficar séria, não se vê nenhuma ruga em meu rosto. Então, meninas, sem preguiça de limpar a pele TODOS OS DIAS!

O esmalte de hoje, Argento antialérgico Florença, que simplesmente amei!

Lá no blog da Fernanda tem muitas outras dicas ótimas! Vamos lá dar uma olhada?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Amigas que eram reais

Agora são virtuais... e isso me deixou muito triste.

Explico: em meu Facebook, tenho amigos virtuais e apenas alguns reais, daqui de minha cidade. Não tenho parentes, exceto minha filha Amanda. Nem meu filho Leonardo eu coloco; prefiro assim.

Então, esses dias fiquei procurando.... e quem procura acha! E achei umas amigas do tempo da Faculdade, há exatos vinte e quatro anos - Virgem Santa! Como o tempo passa! Então, fiquei muito feliz em tê-las encontrado, porque éramos uma turminha: nós três e mais uma outra. Não pensei outra coisa a não ser enviar solicitação de amizade. Escrevi mensagem, perguntando como estavam, que estava com saudades etc; elas me adicionaram, mas nem um "oi", nem nada! Fiquei muito chateada com isso, mas também pensei: as pessoas mudam com o tempo, sabe-se lá como elas estão?

E fiquei pensando nisso o dia todo, e muito chateada mesmo. Também não puxei mais conversa. Poxa vida! Se quem eu nem conheço pessoalmente, mas adiciono ou peço para me adicionar, eu converso desde o primeiro momento, por que uma pessoa que eu conheço há anos, que éramos unidas durante três anos, mal me cumprimenta? Passou.

Mas aí, do lado direito da página apareceu essa outra que também fazia parte do pacote: o Facebook sugerindo amizade, pois temos duas amizades em comum e somos da mesma cidade. Aí é que está a bagaça: essa pessoa, na época, era muito falsa, mas claro que descobri bem depois dela ter me apunhalado pelas costas e me prejudicado e muito, na maior cara de pau. Me afastei dela mesmo e todos os dias dizia que não queria mais ver a cara dela. E deixei por conta de Deus, que é ele que age nesses casos.

E não é que Ele agiu? Não da pior forma, mas acho que da melhor forma.

É claro que quando a vi, como autêntica curiosa, fui lá no perfil dela fuçar, fuxicar, mexer, ver, sentir mais raiva, não sei... fui!

E vi as fotos. Algumas fotos eram de um aniversário de uma criança com síndrome de Down. Fiquei olhando, ela do lado da criança, cantando parabéns, e um comentário de alguém dizendo que aquela criança foi um presente para ela.

Para a gente ver como são as coisas de Deus: depois de tanto tempo, depois dela me prejudicar tanto, que não sei porque motivo ela fez tudo aquilo, hoje ela tem uma criança para amar e quem sabe, repensar na vida e no que realmente ela vale. Como não amar um ser daqueles que é puro sorriso, puro amor?

Entenderam? Será que ela agora consegue perceber ou se lembrar do que me fez? Ela distribuiu ruindade e Deus lhe devolveu o amor mais puro que pode existir no mundo: uma criança que precisa de cuidados o tempo todo, que vai amá-la na sua pureza enquanto estiver viva.

Lembram dessa gracinha? Não me lembro do nome dela... Mas é aquela da novela... que claro que também não me lembro o nome....
Deus não é fantástico?

Ah, eu perdoei ela sim, e já faz tempo! Na verdade nem me lembrava da pessoa. Só agora que fico olhando a cara dela todos os dias lá no meu mural do Facebook.

Então tá: ela lá e eu aqui!

Um ótimo fim de semana para todos!!!