sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um Amor Livre

Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.
Trecho do livro Onze minutos de Paulo Coelho 
Paulo Coelho, idolatrado por uns e odiado por outros. Normal! Geralmente quem não tem medo de expor o que pensa, que fala o que bem entende, mesmo que seja contra tudo e todos, causa esse impacto. "Ou me ame, ou me odeie, mas não me ignore." Eu vejo ele bem assim mesmo. Quanto ao texto, discordo em algumas coisas. As pessoas nos machucam sim, nos fazem sofrer sim, nos magoam, nos traem, nos prejudicam... E nós também fazemos tudo isso com alguém. Isso faz parte do ser humano que é um poço de emoções. A diferença de uns para outros é: por quanto tempo se aguenta tudo isso? Não é tão simples assim, principalmente quando se quer preservar a relação, contornar a situação, tentar de novo, relevar...  Talvez depositamos muitas expectativas na pessoa e nem sempre somos correspondidos. O que fazer então? Separar só por causa de alguns conflitos? Bom seria se nós conhecêssemos a pessoa e respeitássemos seu modo de ser, seus costumes, suas manias, sem querer modificá-la. Para isso existe o tempo de conhecimento, o namoro, as conversas, as experiências de vida a dois, para depois, se for de comum acordo, concretizarem essa união. Sorte de quem encontra um amor livre, que soma, que compartilha, que confia, que admira, que não tem medo de abrir mão de algo que julga importante para apoiar uma outra ideia que seja melhor para os dois. Um amor livre, que não cobra, que não julga, que não ameaça, que não possui, que não manipula, que não trava, que não mente, que não trai... Simplesmente um amor... de alma e corpo...  Um ótimo fim de semana para todos! 

3 comentários:

  1. Clara, as pessoas fazem com a gente o que deixamos que façam, acho que ele quis dizer isso. E quando ferimos alguém, esse alguém também aceita ou não, vai depender exclusivamente dele.
    Em nome do amor se cometem muitos erros, inclusive somos instruidos a acreditar que no amor vale tudo.
    O amor ideal, a pessoa ideal, acho que existem, sim. Mas não vem de graça, tudo é construido numa relação, dia a dia.
    Cada vez mais (com a idade) percebemos que viver é muito complicado, né? rs
    Beijo!

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  2. Oi Clara!

    Lindo o seu post.

    Concordo com o que escreveu sobre criar expectativas em relação ao outro.

    Beijos

    Selma

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  3. Amor é fácil assim e difícil assim! concordo com a Lúcia o grande amor só existe como construção de duas pessoas comprometidas.
    bjs e bom fim de semana
    Jussara

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