quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ESCOLHAS DE UMA VIDA


Um texto de Pedro Bial.

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o autoconhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho. Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!


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Eu concordo em partes com ele. Acho que temos o livre arbítrio sim, mas também acredito que algumas coisas estão determinadas em nossa vida. Senão, qual seria o sentido de alguns sofrerem tanto e outros não? Quem escolhe sofrer? Também acredito que viemos aqui na Terra para alguma missão. Mesmo que seja algo simples, mas que precisa ser feito, ou então corremos o risco de voltarmos numa próxima reencarnação para fazer o que ficou para trás. É o que eu acredito.
Clara  

7 comentários:

  1. Magnífica reflexão ainda que, como a Clara, discorde em alguns pontos. Mas acho importante sublinhar isto, que o autor focou também: todas as nossas decisões têm consequências.
    Aprendamos a viver com elas!

    Beijinho e uma doce semana
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  2. Oi Clara!

    O texto do Bial é realmente muito bonito, mas compartilho da mesma reflexão que você.
    Algumas pessoas, por mais que faça escolhas pro seu bem, sofrem.

    Beijos

    Selma

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  3. Clara, acho isso também. Só não acredito na volta. Para mim, viramos estrelinha no céu ........... do pó para o pó.
    Mas respeito e muito a opinião de cada um.
    Paz e luz querida.
    Beijos.

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  4. Excelente texto, mas concordo com a Clara.Ninguém sofre por opção...
    Beijos
    Lita

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  5. Olá, querida amiga Clara
    Tem decisões que a gente tem que tomar independente do final feliz... assim é a vida!!!
    O importante é tentar fazer do limão uma limonada...
    Bjs de Boas festas

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  6. Clara, decidir o destino é um tiro no escuro. Nunca saberemos o resultado, mas daí, a intuição nos ajuda muito, diferente do que Pedro Bial escreveu:
    "Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é.".
    Achei contraditório, já que quando intuimos, agimos baseados no que somos.
    A gente só vai saber se fez boa escolha, depois de um longo tempo depois de feita a escolha. Quando a escolha começa a não dar mais certo. Mas quem disse que não deu certo? Deu certo enquanto durou, assim é os nossos relacionamentos afetivos e profissionais. Como tenho escrito na sidebar do "Luz": Uma escolha certa sempre leva à outra.
    Ou seria o contrário? (rs*)
    Beijus,

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  7. Somos determinados, sim, por uma infinidade de coisas: o lugar que nascemos ou vivemos, a época, nossos pais... nosso espaço de liberdade, porém, é a nossa razão, nosso pensamento. Só por isso conseguimos interferir (e como!) nos rumos das nossas vidas.
    ;)

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