quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Não corre que ele te morde!

O medo!
Para falar melhor: o pavor!
Engraçado que muitas vezes somos influenciados por pessoas medrosas e nos tornamos medrosas tanto quanto.
Me lembro de minha infância, meus pais eram um tanto calados, sem muita conversa, sem gostar de muitas coisas; bem, e eu queria porque queria ter um cachorro.
- Deus me livre de cachorro! Dá muito trabalho! Não, porque não!
Tudo bem, eu até era comportada, e o respeito a eles era mais por medo e não por respeito.
- Não faça isso senão conto pro seu pai!
- Me desobedece pra você ver... seu pai já tá chegando!
- Seu pai não quer que você fique na rua, entra pra dentro, agora!
Estas são frases que eu ouvia diariamente, e fez com que a imagem que eu sempre tive de meu pai fosse essa: medo! E o pior disso tudo: ele era assim mesmo.
Mas eu gostava de cachorro, amava os de minhas amigas, mas me conformei com a situação.
Tanto é que quando marquei casamento (aff), a primeira coisa que me veio à cabeça foi: eu vou ter um cachorro! E a primeira coisa que comprei para minha casa nova foi um cachorro. Tootsie. Uma capa-preta linda, sapeca, arteira, mas que infelizmente ficou pouco tempo conosco. O espaço era muito pequeno e ela cresceu muito, então a levamos para viver em uma chácara. Mas era muito brava a lindinha. Nem eu tinha tanta confiança assim em chegar perto.
Lembrando disto agora, eu vi que talvez o medo que eu sentia dela, que na verdade era um doce, já estava na minha mente, de tanto ouvir que cachorro é bravo, que pai é bravo, que avô é bravo. Então, qualquer rosnada que Tootsie dava, eu ficava em pânico.
Agora falando do medo geral, alguém saberia me dizer, como é que se controla o medo, numa situação de medo?
Se você está andando pela rua e vem um cachorrão enorme correndo atrás de você, como controlar?
- Não demonstra medo que o cachorro sente e te morde! Não corre que ele te pega!
Como assim, não demonstrar medo? Estamos em pânico, e é claro que o cachorro vai perceber isso. Como é que você vai continuar andando normalmente sabendo que o cachorro está correndo em sua direção?
Muitas vezes eu vejo em reportagens, algum especialista dando dicas de como se portar em situação de pânico:
- A primeira coisa: manter a calma. Não reagir.
Eu adoraria conversar com um deles e perguntar exatamente isso: como manter a calma? Quem é que se lembra de que calma existe, estando numa situação de pavor? Como é que vamos nos lembrar, por exemplo, se eu estou afogando e não sei nadar, como manter a calma, cidadão? Ou a gente morre, ou a gente morre! Quem tem que manter a calma é quem vai me salvar!
E quando acontece alguma tragédia, com morte, por exemplo, sempre tem alguém com a mania de chegar até nós e ficar dizendo: calma, calma, Deus sabe o que faz!
Tudo bem, Deus sabe o que faz, mas eu não sei o que faço, e no momento eu quero sofrer, quero gritar, quero chorar...
É difícil dos dois lados, tanto para quem está dando uma notícia, quanto para quem está recebendo uma notícia. Não tem como amenizar, dê a notícia e fique ali segurando a pessoa, só isso! Ela nunca vai ter calma nessa hora, nunca!
Medo até conseguimos superar, apesar de saber que é o moderador de nossas atitudes. Mas pânico, só com tratamento médico.
Agora, pânico em situações, não tem controle. A pessoa vai sofrer, e nem saber que existe a tal da muita calma nessa hora.
Eu já tive (ainda tenho vestígios) de síndrome do pânico, fobias. Dá para controlar, mas não é do dia para a noite, e, infelizmente, muitos ainda acham que é frescura. Graças a Deus, o que os outros acham ou pensam não interferem em minha vida. Eu sei o que sou e sei o que sinto. E quem me ajuda estudou anos e sabe o que é melhor para mim no momento. Certo, doutor?

7 comentários:

  1. Medos são fogo e quando convivemos com medrosos, pior ainda. Eu tenho muitos medos:aranhas,cobras, ladrões,bandidos.tantos outros...Mas convivo bem com eles,rsrs

    beijos,chica

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  2. Olá Clara!

    Ótimo post!

    Freud iria gostar muito, irei indicar a ele!

    Com certeza, se você pedir a alguém em momentos como este ela jamais terá calma!

    Clara, a irmã do Lucas irá aparecer hoje. Ela está estudando na Europa e você nem pra me dizer não é!

    Abração!

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  3. Ter medos eventuais, todos temos. Quando já é síndrome de pânico só um especialista para corrigir.
    Beijos.

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  4. Olá,
    que post bacana!!! Concordo em gênero, número e grau. E explicar isso para nossos filhos é um desafio. Não queremos inserir medos, mas queremos alertar para os perigos...Difícil pra caramba!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  5. Dica nº 1 - Na frete de um cachorro:

    - São Roque, São Roque, São Roque, São Roque. Diga isso e o cachorro já te achar um débil mental e não valeria a pena te dar uma dentada.

    Dica nº 2 - Na frente de um ladrão:

    Pegue seu guarda-chuva - todo mundo, nas cidades do interior tem - e meta na cabeça do ladrão.

    Dica nº 3 - Nas outras situações:

    Antes de sair de casa tome uma dose de uísque misturada num potinho de Actívia.
    Saia de casa cagando, peidando e andando para tudo que te aborreça.

    Às vezes funciona!!!

    hahahahahahhahahahahahahaha

    KK

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  6. Anônimo....

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kk

    gente, olha isso!!!!
    querem dicas melhores que estas?

    ah, eu mereço! rsrsrsrsrsrsrsrs

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  7. Clara,não dá mesmo pra controlar o medo!Ele vem sem que a gente perceba e toma conta!O que podemos fazer é trabalhar tudo isso em nós para melhorar e não morrer do coração!...rss...e vamos que vamos!bjs e meu carinho!

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