sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O meu Natal

Eu já contei como era o Natal de minha infância aqui
E era muito bom mesmo, rever todos os familiares juntos, aquele bando de crianças correndo, gritando, ansiosos pelos presentes...
Até que um dia tudo acabou.
Eu ainda era adolescente e não dava muita importância se tinha acabado ou não.
Mas, com o passar do tempo, amadurecendo mais um pouco, comecei a questionar o que tinha ocorrido.
Meus pais sempre desconversavam, davam desculpas que não me convenciam de jeito nenhum e o tempo foi passando.
Um dia, cansada de nunca ter ceia, de não encontrar ninguém, comecei eu mesma a organizar o Natal.
Chamei uma tia aqui, outra ali, fizemos a lista e combinamos tudo.
Finalmente eu ia reunir a família de novo, agora sem meu avô. Acho que foi até por isso que tudo acabou. A base sólida, o chão, não estava mais presente.
Foi tudo ótimo! Muitas conversas, muitos assuntos, muitos risos e.... muita fofoca.
Vez ou outra eu pegava um ou outro falando de um ou de outro. E para piorar mais ainda, meus pais sempre de cara amarrada, reclamando de tudo e de todos. Pronto! Acabou tudo de novo!
Família é tudo isso mesmo e acho que é tudo igual em todo o lugar. Mas aprendi, com o tempo e com as situações, que não precisamos aguentar nada que nos incomoda. E muitas das fofocas que faziam eram com a minha família, justamente por meus pais serem assim, um tanto arrogantes e grosseiros - mais meu pai, minha mãe até que disfarça bem. Resumindo, eles não gostavam de nós, e principalmente de mim - que não vou entrar nesse detalhe.
Com os acontecimentos todos, em muitos anos de minha vida, por meu bem, por minha sobrevivência, me afastei de todos. Não me sentia mais bem, sendo alvo claro de falsidade e fofoca. Não preciso aguentar isso. Tanto fiz certo que em nenhum momento, parente nenhum quis saber se eu estava bem, se estava viva... Só minha madrinha de batismo que me procurava vez ou outra e nunca se esqueceu de mim. Sorte!
Logo me separei também e pronto. Sozinha, deprimida, com síndrome do pânico e duas crianças para cuidar.
Hoje eu vejo como Deus é espetacular, como cuida de nós com todo o carinho, como nos conduz sempre ao bom caminho, quando temos um coração puro de amor.
Tudo deu certo, apesar de todos os transtornos, hoje digo que estou quase bem. Mas feliz e realizada, principalmente quando vejo meus filhos crescidos e pessoas de bem.
Hoje, nosso Natal é animadíssimo, apesar de sermos só nós três, e agora mais dois, com os agregados... Coloco os presentes debaixo da árvore e fico dias escutando de minha filha se já pode abrir o presente, qual é o dela, o que o Papai Noel trouxe etc. Continuam crianças para mim, e toda essa magia ainda os contagia.
Faço ceia, mas comemos antes da meia-noite, porque meus filhos também vão passar o Natal com o pai deles. Depois brindamos e fazemos amigo oculto. Sim, só nós três. O presente é igual para todo mundo: uma barrona de chocolate. Precisa melhor?
Mesmo só nós três, nos divertimos muito, zoamos um com o outro, falamos besteiras um do outro e estamos em paz. Hoje minha casa é um lar.
Eu só tenho a agradecer; apesar de todos os tormentos, estamos juntos, felizes, bem humorados e tudo de bom.
Espero que ainda demore muito, mas agora é só esperar pelos netos, que vão ter a vovó mais palhaça que poderiam ter, e que não sabe fazer bolo.
Bem, ninguém é perfeito, né?

Família feliz!





 FELIZ ANO NOVO!!!



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

Mais um ano que se vai...
Mais um ano que se vem, com força total, com esperanças, com promessas, com alegrias...
Eu desejo à vocês, queridos leitores e amigos, que o ano chegue com tudo, em suas vidas;
Que as promessas não saiam voando por aí, mas que sejam cumpridas;
Que os amores permaneçam, que se multipliquem, que sejam incondicionais, duradouros, verdadeiros e recíprocos;
Que as amizades se fortaleçam, que novos amigos de infância se formem, que antigos amigos permaneçam, que amigos distantes os achem onde estiverem e que matem todas as saudades que ficaram no caminho da vida;
Que aceitem o próximo como ele é, e não como você gostaria que ele fosse;
Que perdoe quem lhe fez algum mal e, principalmente, se perdoe;
Que tenham sucesso profissional; 
Que sejam persistentes em seus objetivos;
Que façam o que tiverem  vontade e o que gostam;
Que tenham a sabedoria de um ancião e a pureza e a alegria de uma criança;
Que sejam curiosos, para assim se tornarem inteligentes;
Que tenham sempre a doçura de um brigadeiro, apesar de todo o jiló da vida;
Que tenham bom humor sempre, que riam de si e de suas bobeiras;
Que peguem todas as pedras do caminho e construam um belo castelo;
Que sejam sonhadores, sem medo de sonhar alto demais... eu garanto: eles se tornam realidade;
Que recebam o Menino Jesus em seus corações e o acolham com todo o carinho e amor do mundo!!!

Que se amem, que se respeitem, que façam suas escolhas, que cultivem coisas boas, úteis, e que se olhem no espelho, à partir de agora, e digam: EU SOU FELIZ!!!



Ano que vem estamos juntos de novo, certo?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Eu pisquei... eles cresceram!

Até parece que foi ontem que caminhava pelos corredores do hospital, com aquele barrigão quase explodindo, mas muito feliz! Isso foi no dia 28 de julho de 1994: nascia Amanda. Depois, em 04 de abril de 1996, nasceu Leonardo.
Então, eu pisquei e eles cresceram. Dias desses ainda os carregava no colo, e segunda-feira foi a formatura do Ensino Médio de minha filha.
Ano que vem tem faculdade.... nossa! O tempo passa muito rápido!
Olhando os dois assim, crescidos, lindos, bom caráter, educados, estudiosos, porém, adolescentes, só tenho a agradecer a Deus: eu consegui! Não é fácil educar um filho, conduzí-lo a ter uma profissão, a fazer suas próprias escolhas, ter opinião própria... Mas, eu consegui!
Fico imaginando a alegria de Amanda, recebendo o diploma e se despedindo da turma toda, daquela fase maravilhosa que é a escola, as farras, as bagunças, os choros, as provas, os professores... Acabou, filha!
Terça-feira foi o jantar e a balada.
Mais uma vez enfrentei o pânico e fui! Ainda tenho fobia a lugares fechados e cheios de pessoas. Fiquei num canto, onde não tinha muito movimento, e perto de uma janela enorme, onde o ar corria. Tudo certo!
Estava tudo muito bem organizado, com fartura de tudo e os adolescentes, cada um mais lindo que o outro. Que idade mais maravilhosa!
Amanda estava parecendo uma boneca - sou mãe coruja - e, não demorou muito, arrancou o salto 15 e dançou a noite toda, descalça.
Isso mesmo, filha, aproveita o máximo da vida porque a vida é o máximo!
Que seja muito feliz, que tenha muitos sonhos e que os realize; que não desanime com as pedras do caminho, que chore o que tiver que chorar, enxugue as lágrimas e vida que segue!
Sucesso à você, que é uma excelente pessoa e que continue muito bem humorada com todos.
Estou sempre aqui, caso queira meu colo, meu ombro, meus conselhos, minha companhia... caso precise de mim!
Que Deus lhe proteja e sempre lhe mostre o melhor caminho, que não é o mais fácil, mas o ideal para você.
Te amo!
É ou não é muito linda?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Senhor de sua senhora

Infelizmente, todos os dias, em todos lugares, em todas as classes sociais, o mesmo fato: "mulher é morta por ex namorado, companheiro, marido, que não admitiu ter terminado a relação."
Esta semana, em minha cidade, uma chacina: um rapaz de 19 anos matou a namorada de 14 e a avó dela com arma de fogo, acertando também o pai dela, que continua internato na UTI da Santa Casa, e depois se matou.
Aí o que se vê nos comentários:
- Mas como ela pode namorar um drogado desse?
- Como a mãe não proibiu esse namoro?
- Como é que não o denunciou à polícia?
A menina já teria morado com ele, apesar da pouca idade, mas por medo das ameaças, de que ele iria matar toda a família, se ela não fizesse o que ele queria.
A mãe da menina já havia denunciado o rapaz à polícia. Este não tinha família; morava sozinho e era usuário e traficante de drogas.
Para quem está de fora, é muito fácil julgar; aliás, a coisa mais fácil do mundo é julgar o comportamento alheio.
Agora não há mais nada a fazer. Mais um tempo comentando o assunto e tudo volta ao normal. Mais uma família que virou estatística.
Esse caso de agressão contra mulher é frequente, e não tem o que fazer.
Quem já passou ou passa por uma situação dessa, sabe que não tem escapatória. São psicopatas que perseguem, ameaçam, batem e matam. Nem se importam com as consequências.
Homens que ainda são obcecados por mulheres, que ainda se acham donos de pessoas, que pensam ter o pleno controle de quem, um dia, conquistou, beijou, amou, jurou transformá-la em uma rainha e, matou!
Não suportam que os passem para trás, que os abandonem. Quantas e quantas vezes repetem essa frase:
- Se você não for minha, não vai ser de mais ninguém.
- Eu te mato e fujo, que ninguém me acha.
- Eu acabo com você e me mato depois. Sem você minha vida não vale nada mesmo.
Mesmo que denunciado, mesmo que preso, um dia ele sai da prisão e vai atrás de sua presa, afoito em acabar com aquele tormento que o renegou. Eles têm estratégias, força física e se transformam em monstros quando contrariados.
Isso é muito grave, muito sério e não tem solução; ter paciência, calma, não bater de frente, não fazer os desejos dele, mas também não enfrentá-lo cara a cara.
Psicopatas não têm limite, são cegos; o único foco é a "amada" que não o quer mais.
Isso sem falar que também coloca em risco qualquer pessoa que se aproxime da moça. Perigo dobrado, porque, sem pensar duas vezes, matam!
Como evitar isso?
Não tem regra. Apenas ficar de olho em atitudes estranhas, ciumes exagerados, querer afastar a pessoa de seu convívio familiar, não sei, é difícil estipular uma regra. Não tem!
Acho que mais do que nunca, é necessário primeiro, nos amar, nos respeitar, prestar atenção com quem vai se envolver, conhecer família, emprego, amigos, e não se empolgar com promessas de quem acabou de conhecer.
Príncipe não existe, e a felicidade não vem a cavalo. Ninguém vai lhe fazer feliz se você não o fizer por conta própria.
Não entregue sua vida, sua felicidade nas mãos de ninguém. Ninguém tem esse poder. Ele é seu, completamente e só seu!
Só para descontrair o texto...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Nasce uma escritora

A passagem da 4ª para a 5ª série, do ensino fundamental, é um marco na vida de algumas meninas. É a independência de ter um único caderno para todas as matérias, vários professores, pequeno descanso entre uma aula e outra e a fase das primeiras paixões. Os primeiros são os professores, depois os colegas de turmas mais avançadas e depois os amigos dos amigos. Delícia de fase.
Joana, 11 anos, uma menina sardenta e cabelos ruivos, não se continha de tanta ansiedade para começar o primeiro dia. Agora ia sozinha à escola, já que era no mesmo bairro de sua casa. Algumas amigas ficaram em outra turma, mas novas amizades faria dali para frente, apesar de ser uma menina doce e tímida.
Uma ótima aluna, e ótima em português e matemática, que sempre tirava a nota máxima. E agora mais ainda, pois teria Literatura, sua paixão.
Um certo dia, a professora de Literatura chegou, colocou um vaso com flores sobre a mesa e pediu para turma fazer uma redação sobre essa cena que eles estariam vendo.
Joana ficou um bom tempo olhando o vaso com as flores e imaginando, enquanto o restante da turma já começava a escrever na folha almaço.
Rapidamente, foram terminando e entregando à professora o seu trabalho.
- Mas já terminaram? Não passou nem dez minutos!
- Já, Dona Vânia, essa é muito fácil.
E Dona Vânia começou a ler as que tinha em mãos:
"Hoje a professora chegou com um vaso com flores e colocou na mesa e pediu pra gente fazer uma redação contando o que a gente tava vendo.
Eu vejo uma mesa velha, um monte de livros em cima, de um lado, e do outro lado um vaso azul, que achei muito feio, com flores coloridas. Não sei como se chamam as flores, mas a professora deve ter catado no mato, porque são pequenas e algumas já estão um pouco murchas.
A professora fica andando pra lá e pra cá, olhando a gente como se fosse dia de prova. É chato isso, mas já tô acabando a redação. Não tenho mais o que falar."
Pegou outra:
"Eu vejo um vaso azul pintado com umas florzinhas amarelas, com algumas flores muito bonitas e cheirosas nele. Está em cima da mesa velha da professora.
Essas flores eu vejo igual quando venho pra escola, então eu sei que a Dona Vânia pegou elas de lá.
As flores são muito bonitas, eu gosto de todas as flores, pois quem fez as flores foi Deus, e tudo que Deus fez é perfeito, então eu amo tudo que Deus fez. Também amo a água que está dentro do vaso e amo também o chão que plantaram as flores. E amo também os cachorros, porque cachorro é tudo de bom.
Eu tenho um cachorro chamado Filippo, que eu amo muito ele. Ele pula nimim todo dia que chego da rua, e sei que Deus fez ele também. Então eu também amo os cachorros e todos os bichos."
Dona Vânia, um pouco decepcionada com a turma, quando se deu conta, apenas Joana permanecia na sala. Os outros já haviam saído para o intervalo.
Ficou observando aquela menina linda, já com corpo de moça, os olhos brilhantes, que chegava quase a deitar sobre a folha almaço para poder escrever. Um pouco antes do término da aula, Joana se levantou e entregou sua redação.
Dona Vânia, curiosa, leu:
"Hoje, no trajeto de minha casa para a escola, fiquei observando tudo pelo caminho; mesmo sendo muito cedo e muitos ainda dormiam, o sol já nos dava bom dia, todo iluminado e com um grande sorriso me acompanhava pela calçada.
Vários alunos, alguns ainda com sono, quase se arrastando, faziam o mesmo trajeto que eu.
Quase em frente à escola, um vasto campo aberto me chamou a atenção: estava repleto de flores do campo, todas coloridas, todas abertas, como se fosse um grande tapete natural onde se é proibido pisar, apenas admirar. À medida que ia me aproximando, seu perfume entrava pelo meu nariz e me fazia fechar os olhos e respirar fundo, tentando tirar daquelas lindas flores, um pouco do perfume que elas insistiam em nos presentear. Confesso que nunca as tinha visto assim, tão abertas, tão perfumadas.
O sinal tocou e tive que me despedir das princesas do campo e entrar para a sala de aula.
Hoje é um dia que gosto muito, pois tenho Literatura com a professora Vânia.
Mas quando entrei, adivinhe quem estava lá me esperando? As lindas do campo.
Ainda mais lindas, num belo vaso antigo, azul, sobre a mesa de Dona Vânia.
Parece até que a professora leu meus pensamentos, porque o tema da redação era sobre as flores no vaso.
Continuam lindas, como as vi no campo, mas algumas já estavam murchas, então fiquei com pena.
Talvez se a professora não tivesse cortado elas de lá, elas teriam um pouco mais de vida,  mais alguns dias para alegrar quem passasse por ali e perfumar mais um pouco o ar que respiramos.
Coitada de Dona Vânia, será que ela não sabe que flor também tem vida e que não devemos matá-la para colocar no vaso?
Ela vai ler a redação e vai ficar sabendo."
Dona Vânia, impressionada com o que acabara de ler, chorou... pois sabia que, por algum tempo, pode fazer parte da adolescência de uma grande escritora que nascia ali, em sua sala de aula.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Isso existe

Estava eu no ônibus e como toda boa curiosa, escutando a conversa alheia.
Duas mulheres na minha frente no maior papo:
- Ah, sabe, eu tô cansada; eu queria um homem de verdade; sabe aquele homem?
- Mas e o Augusto? Você separou dele?
- Não, ele... ele... (rsrsrsrs)... já viu, né... O trem dele não levanta mais não!
- Coitado dele! Mas não pode! Não tem solução?
- Tem, mas ele tem a mulher dele, então fica difícil.
- Ex mulher?
- Não, mulher mesmo! Ele fica o dia todo com ela e vem à noite na minha casa.
- Ele tem duas casas? É isso?
- É.
- A mulher dele sabe disso?
- Sabe, mas é doente, depende dele pra tudo, então fica assim.
- Há quanto tempo isso?
- Ah, já vai pra mais de 20 anos. A Andreza já tá com dezenove!
- No começo ela não falou nada, não brigou com ele, com você?
- Não... Ambos nós todos combinamos que seria assim!
- Gente, que coisa! É verdade isso? O que ele faz?
- Agora é aposentado. Mas tem que me sustentar mais a filha dele, a Andreza.
- Você se satisfaz com essa situação? Não é pouco pra você? E se você quiser viajar, passear, como fica?
- Aconteceu, né... fazer o quê? Deus quis assim, então fica assim. Mas eu já tô cansada dessa vida. Eu queria mesmo era um homem... como eu te falei.
- Ele tem outros filhos?
- Tem... mais três com a mulher dele. Mas a casa que eu moro mais minha filha ele comprou e colocou no nome da Andreza. Então ninguém tira a gente de lá.
- E se ele morre amanhã? Vocês vão viver de quê?
- Seja como Deus quer. A gente vai levando, eu arrumo um outro homem e assim vai.
- Menina, não faça isso com você não. Acorda!
- Agora já é tarde, né... Já tá assim, então deixa assim.

Enquanto isso, meu outro ouvido escutando os senhores do banco de trás, um falando que estava muito preocupado com a Líbia, com a situação de lá... etc. Mas não tinha parente nenhum lá e nem nunca teve.
O engraçado é que o outro homem, ouvindo, ficava admirado com o que o primeiro falava; como se entedesse ou então se ele ao menos soubesse onde fica a Líbia. Onde fica a Líbia? O que acontece lá?
Tem muita gente assim mesmo; se faz de entendida só para não dizer que não sabe de nada.
Uma coisa eu aprendi: ninguém tem obrigação de saber nada, mas se não sabe, pergunte! Sempre haverá alguém para ensinar. Não é?
O que faz uma pessoa que não tem vínculo nenhum com algum lugar ficar preocupado? Falta de assunto?
E lá no fundão, claro, uns rapazinhos com aqueles famosos celulares que tocam o tempo todo, chamando, funk!!!
Pronto, chegou meu ponto e desci.
Mas que coisa, heim?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Natal

Hoje participo da Blogagem Coletiva de Rosélia, do blog ESPIRITUAL-IDADE

O que significa o Natal para mim.





Voltando à minha infância....
Tempos difíceis, vida simples, sem muitas regalias, sem religião. Mas no Natal, apesar de todo o esforço durante o ano, era época de festa.
Aguardava ansiosa pelo dia 25, ainda sem ter noção do verdadeiro significado da data mais importante para quem é cristão: o nascimento de Jesus.
Para mim era a época de comprar roupa nova, sapato (e eu podia escolher qual eu queria), época de olhar as lojas para saber o que escolher de presente; enfeitar a casa com a singela árvore.
Bem, a árvore de Natal era um galho seco, que pegávamos do quintal, era pintada na cor prata, e minha mãe colocava algodão por ela toda, insinuando ser neve. Eu nunca entendia para quê o algodão, pois nunca ninguém me explicou o que era neve. As bolinhas todas coloridas eram aquelas que não podiam cair, que quebravam. Então, todo o fim de ano, haviam algumas bolinhas a menos, e tínhamos que inventar como encher a árvore, para não ficar com os galhos vazios. Então, eram embrulhadas caixinhas de fósforo e penduradas. E também aqueles guarda-chuvas de chocolate eram pendurados. Mas não podia pegar nada até o dia 25. Todo dia contávamos os guarda-chuvas para ver se estavam todos lá.
E tinha também um pequeno presépio, que era colocado sobre uma bancada coberta com areia, folhas  secas e alguns galhos, como se fossem árvores.
E havia todo aquele mistério do Papai Noel. Por onde ele vai entrar? "Por qualquer buraquinho que ele achar", respondia minha mãe.
E cabecinha de criança voa longe, e ficava olhando e imaginando todos os lugares possíveis onde entraria o Papai Noel com aquele saco e meu presente junto.
Um ano, combinamos de ficar acordados só para pegar o Papai Noel no flagra. Que nada; quem aguenta ficar acordada naquele silêncio todo? Mas quando acordamos, o presente estava lá, todo brilhante, reluzente, todo embrulhado e maravilhoso. Era o segundo presente do ano que ganhávamos. O primeiro era no aniversário.
Nunca tivemos o hábito de ceia; talvez por não sermos cristãos. Mas no dia 25 era tudo do bom e melhor, na casa de meus avós. Quer dizer: arroz de forno, macarronada, salada de maionese, frango assado, tutu de feijão, guaraná e bolo e pudim de sobremesa. A família grande, toda reunida à mesa, aquela alegria, gritaria toda!
Mas mesmo não sendo cristãos, antes de começarmos a comer, a oração era sagrada, em agradecimento pelo ano, pelo alimento, pela saúde, pela família e dando boas vindas ao Menino Jesus. Me lembro como se fosse hoje.
Então, hoje, agora sendo cristã, eu repito este ritual com meus filhos, e o significado que tive durante toda a minha vida, é isso: família, união, confraternização, recomeço.
E com meus filhos sempre foi assim: Natal é o nascimento de Jesus, mas que Papai Noel vem nos fazer uma visita e trazer uma lembrancinha. Apesar deles já serem adolescentes, ainda nos divertimos: agora só nós, eu e meus filhos, e Jesus, sempre!!!!

Ótimo Natal à todos!!!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Acabou o sofrimento

Finalmente, o Corinthians é campeão do Brasileirão/2011 - Pentacampeão!
Eu gosto de futebol, gosto de esportes, acompanho sempre, na medida do possível, e não entendo nada de nada; só torcer!
Na verdade nem sei quem são os jogadores, quer dizer, sei só alguns; é que muda tanto e não fico acompanhando esse quesito. Para mim é bola na rede e pontos na tabela. Tá bom, né?
Eu gosto do "antes" e do "depois" do jogo; eu me divirto tanto que se não tivesse o jogo, eu já estaria feliz.
Mas é muito bom torcer, sofrer por uns minutos e, ganhar!
Geralmente eu fico sozinha assistindo; e sou uma pessoa muito intensa, histérica durante, grito, xingo, levanto, pulo, chego perto da TV, dou palpites; e, pronto, acabou o jogo, acabou!
Não sofro além do jogo. Não choro, nem fico triste; vida normal.
E olhando por aí, o que acontece com torcidas rivais, é difícil acreditar em atitudes selvagens de pancadarias, agressões, mortes...
Gente, será que eles se esquecem o salário milionário de um jogador? Quantos anos um trabalhador torcedor fanático precisaria trabalhar para ganhar o que um jogador ganha em um mês? A vida toda?
O que será que um jogador, que ganha uma fortuna e diz que é salário, faz depois de um jogo, de uma final de campeonato? Pega o ônibus e volta para casa?
E quando perde? Vai chorar e encher a cara no primeiro boteco?
Acho que não preciso responder essa; mas vou responder sim!
Eles vão em churrascarias, fazem festinha privê com tudo do bom e do melhor, pegam um jatinho e vão viajar para espairecer a decepção etc.
E os pobres mortais, pagantes de arquibancadas lotadas, ainda brigam por eles? Morrem por eles?
Ah, pessoas, sinto muito, mas isso é o cúmulo da burrice.
É só um jogo, que todo ano se repete. Ano que vem tem mais; e no outro; e no outro!
A adrenalina é viciante, os nervos fogem de nosso controle, nos sentimos em campo, jogando com eles todos, mas, até onde vai o limite do fã e do fanático? Onde termina um e começa outro?
É um perigo isso!
Bem, ganhando ou perdendo, ninguém vai pagar minhas contas mesmo....
Então, que joguem, que ganhem, que percam, que me importa?
Eu é que não diminuo um milímetro de meu bom humor; este sim, é parte super importante de minha vida.

E VIVA O CORINTHIANS!!!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nos nervos...

É como a mulher se sente... é como eu me sinto hoje: nos nervos!
Nome disso: TPM
E olhe, mesmo com toda essa modernidade, tecnologia, não há quem dê jeito nisso; nem todas são assim, mas a maioria sofre desse mal, por simplesmente ser mulher.
E, infelizmente, nem todos entendem o que nos passa nesse período; principalmente os homens.
Acham que é frescura, bobagem, não temos o que fazer, enjoamento, falta de um bom tanque de roupas para lavar, ou ainda, falta de sexo. Cansei de ouvir estas justificativas.
Deve haver alguma mulher que exagera um pouco, ou usa a TPM como desculpa para não fazer algo que não queira; mas para nós, isso é uma tortura mensal.
Parece até que temos bipolaridade. Uma hora estamos rindo e no mesmo instante, dá vontade de enforcar o primeiro que aparecer na nossa frente.
Eu fico nos nervos, sem nenhuma paciência, sem vontade de conversar, sem vontade de fazer o que é rotina, e com muita vontade de comer doces, chocolates, açucar o que for... mas não adianta muito não. A maldita fica nos infernizando até o último dia!!!
Aí fica aquele suspense: será que é hoje o final dessa bagaça? E o outro dia a mesma pergunta.... e no outro... e no outro...
Olha, eu sei que conselho a gente não dá, mas, se você convive com uma mulher, tente pelo menos entendê-la; se não quer ajudar - não tem como ajudar - fique quieto no seu canto e a deixe com sua cara amarrada, emburrada, soltando fogo pelas ventas e tudo a que tem direito, até a paz voltar a reinar.
Não existe coisa pior, quando nós já estamos a ponto de cometer uma atrocidade, e vem alguém para nos dizer asneiras, besteiras, calúnias, ofensas etc. Mas na realidade, a pessoa não falou nada disto; mas é isto que entendemos. Não diga nada; simples assim! Daqui a pouco passa.
No meu caso, geralmente, eu começo a me lembrar de coisas que não quero, fico com raiva de nada, angustiada, imaginando se eu disser tal coisa, a pessoa vai responder tal coisa, e eu vou revidar tal coisa, e a pessoa vai retornar tal coisa... e isso não tem mais fim...
E tudo que nos incomoda, mas sabemos lidar com esse incômodo, nessa fase, tudo fica super incomodado: a coisa aumenta absurdamente, quase inacreditável...
Esses dias meus estão terríveis: além de muito trabalho que está se estendendo até a noite, eu fico com vontade de ler e não tenho tempo, fico querendo escrever e não posso, fico nervosa com objetos fora do lugar e eu mesmo que tenho que arrumar, tenho que cozinhar, o que me chateia profundamente, mas não tem outro jeito, tenho que trabalhar, cuidar da casa, dos filhos, dos bichos e ficar boazinha com todo mundo, senão sou chata, intolerante, egoísta, nervosa, egocêntrica, brava, mandona, autoritária e que eu estou precisando mesmo é de sexo!
Ah, pessoa, faça-me o favor? Me erre!!!!
Bem, meus queridos, isso foi um momento de desabafo; como não tenho muito com quem conversar, estou aqui enchendo os olhos de vocês, que não têm nada a ver com isso...
Em plena sexta-feira, o dia mundial da alegria, do alívio e da cerveja, estou aqui, toda rancorosa, choramingando por nada, e enchendo as paciências de vocês que gentilmente me lêem.
Me desculpem, sim????
Pronto, já passou!!!
Amanhã é outro dia e tudo volta ao normal; eu espero.
Beijos e ótimo fim de semana à todos!