quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nosso Lar


Nosso Lar
Escrito por Chico Xavier / André Luiz

Nosso Lar é um dos livros psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

Assisti e fiquei emocionada demais.
Sou católica, mas também acredito na vida após a morte e as consequências que carregamos durante nossa estadia aqui na Terra para um outro plano. Acredito nesse outro plano espiritual.
Acho que é muito pouco Deus ter nos criado e acabarmos assim com a morte.
O filme é muito lindo, com uma mensagem ótima e eu sou suspeita de falar, porque sou chorona mesmo, me emociono muito fácil.
Uma parte que me emocionou muito foi quando o espírito de André volta para ver sua família e encontra a mulher casada com outro, que no momento está doente,  e ele unge a água que o marido vai beber e fica curado. Isso é amor.
Agora, falando sobre nossa vida aqui, agora, o que mais uma vez me fez crer é que a vida e muito breve e o que levamos realmente é o que sentimos e o que acumulamos durante toda a vida.
Conheço muitas pessoas que ficam muito preocupadas com o fim da vida, vivendo de acordo com os ensinamentos de Deus, temerosos por um castigo etc. Mas se somos humanos e imperfeitos, todos nós vamos pagar pelos nossos pecados, todos somos pecadores, então não tem sentido esse medo todo.
Se esquecem de viver a vida que tem hoje, agora, e se privam de prazeres que temos, que podemos ter e proporcionar aos outros por medo do que diz a Bíblia.
E outros que passam a vida toda com mágoa, rancor, inveja, perseguição, vingança e no final sofre as consequências de todos esses sentimentos.
É difícil entender por esse ponto. Eu sou instigante mesmo, pergunto o que não entendo e isso incomoda a quem está acostumado a seguir normas impostas por seres humanos tão pecadores quanto eu.
Gosto da religião católica, me sinto bem na igreja, creio nos santos e sou devota de Nossa Senhora Aparecida que sei que me acompanha desde sempre, mesmo sem ter noção de religião durante a infância.
Me casei na igreja, meus filhos foram batizados e  fizeram a primeira comunhão e crisma, mas fui fazer a primeira comunhão quando tinha 40 anos. E achei ótimo isso.
Não concordo com certas regras que a igreja impõe, mas não sou eu que vou discutir isso ou mudar algo.
Voltando ao filme...
Acredito que seja daquele jeito mesmo, apesar de muitos dizerem que o céu é aquela coisa monótona, com roupas brancas esvoaçantes e todos sem ter o que fazer. Mas o filme mostra que há muito trabalho, sempre em ajudar os outros espíritos menos evoluídos.
Numa entrevista que vi do Chico Xavier, já faz tempo, me lembro de uma frase: "As pessoas podem até me prejudicar, me matar, mas isso aqui é só o corpo, minha alma eles não matam".
Outra cena que chorei foi quando uma senhora foi reencarnar para ser mãe de sua neta que acabara de desencarnar e precisava de ajuda.
Eu penso, tantas pessoas que conhecemos e que parecem que já conhecemos de outras vidas, será que foram de vidas passadas que conhecemos?
Uma vez tive um sonho, desses que parecem realidade, que uma grande amiga minha, mais velha, que me ajudou muito numa fase bem difícil de minha vida, era minha mãe. Eu a via como minha mãe e foi à partir daí que comecei a considerá-la como se fosse mesmo minha segunda mãe.
Parece que ela apareceu do nada, me salvou da catástrofe que eu estava passando e ficou ao meu lado. E até hoje é assim, eu preciso, ela me acode, ela precisa e eu sempre estou aqui. Como mãe e filha mesmo.
Agora, o que eu não imaginava... Quando era criança, eu brincava na casa de uma tia que era também vizinha, que tinha um quintal imenso e no fundo do quintal tinha um pequeno campo de futebol e brincávamos de bola. E às vezes a bola ia parar no quintal de um outro vizinho, um senhor muito bravo que pegava nossa bola e não devolvia. Voltávamos chorando para casa. Depois, quando conheci essa minha mãe número dois, um dia andando por aquela rua de minha infância, ela me mostrou a casa onde morava... Era aquela casa e o senhor bravo era o pai dela... Quer dizer, desde sempre ela esteve perto de mim e só quando eu tinha quase quarenta anos é que fomos nos encontrar e formar esse laço.
Coisas do destino, do acaso? Não acredito em coincidências, tudo tem um propósito para acontecer.
Repito sempre e sempre vou repetir: TENHO SORTE, MUITA SORTE!
Independente de religião, de acreditar ou não, o filme é bom, vale a pena assistir e se tiver um pouco de sensibilidade, chore!
É bom saber que a vida não termina com a morte do corpo, que podemos viver bem por aqui, com tudo que temos direito, sem medo, mas dentro de regras, normas e condutas, mas que um dia vamos abandonar tudo e ir somente espírito para outro plano. E quem sabe até reencarnar, nessa mesma família, e começar tudo de novo, para aprender mais um pouco, ajudar quem precisa, perdoar, perdoar, perdoar...

10 comentários:

  1. Clara,eu li o livro e assisti o filme que achei muito bem feito!Tb acredito que existe uma vida após a morte e que seja parecida com essa mostrada no filme!Se não fosse assim,essa vida não teria muito sentido!Adorei seu texto e suas colocações são sempre perfeitas!Bjs,

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Assistí o filme, lí o livro e muitos outros livros de inúmeras filosofias.
    Uma vida que começasse na Terra e acabasse na terra com uma gama de sofrimentos enormes, não teria sentido.
    Acredito por uma série de razões bem fundamentadas na continuidade da vida e na reencarnação, não como castigo, mas para continuarmos aprendendo as lições necessárias a nossa evolução.
    Deus a ninguém castiga. Sempre dá uma nova oportunidade para se aprender.É como na escola, se for necessário repetimos novamente a série estudada.
    Beijos.

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  4. Clarinha eu penso assim Deus criou a Fé e o diabo as religiões , pois existem muitas guerras e muita discórdia por conta delas .Eu acredito em Deus , mas não acredito em reencarnação e sim em ressurreição, acho que vamos viver em outro plano, mas voltar com outro corpo não .
    Bjus.

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  5. Olá, anônimo...

    Obrigada pelo comentário...
    Vc é bem vindo, e se tiver vontade, pode se identificar!
    Beijosssss

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  6. Clara querida,

    Fui educada na religião católica. Hoje não tenho religião. Acredito no meu Deus, acredito no amor, acredito na reencarnação. Não vi o filme, mas quero ver.
    Girassóis nos seus dias. Beijo.

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  7. Clara voce sabe quem sou eu nem preciso me identificar , é só vc prestar mais atenção nos meus posts, rsrsrsr.......
    Bjus.

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  8. Olá Clara!

    Segue link do Lucas. Apresentei-a como mãe dele... Espero que goste:

    http://neoquiproquo.wordpress.com/2011/10/19/don-juan/

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  9. Clara
    Ainda não vi o filme, mas li o livro
    quando a minha filha era pequenininha.

    Cinco dias depois que a minha sogra faleceu, a minha filha ficou doente e só voltou do hospital 10 dias depois.
    Quando terminei de ler o livro eu entendi a mensagem.

    bjs

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  10. Oi Clara, gostei das suas colocações.
    Abraços.

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