sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Minha primeira paixão chique

O Balé Quebra-Nozes

Tchaikovsky
Ato I
O balé conta  as aventuras de um quebra-nozes de aparência humana, vestido como um soldado, mas que tem as pernas e a cabeça de tamanho desmensurado.

A protagonista, Clara, gostava tanto da sua aparência que o pediu como presente de Natal ao seu padrinho. Assim, o padrinho Herr Dosslmeyer, fabricante de relógios, disse: "Era precisamente para ti". Logo em seguida, Clara experimenta-o e vê que ele quebra as nozes sempre sem perder o seu sorriso e também com grande eficácia. Seu irmão Fritz, que tinha visto o funcionamento do quebra-nozes, também quis usá-lo, mas escolhe as nozes maiores que havia no cesto. Então, o quebra-nozes, sendo usado grosseiramente pelo irmão dela, acaba tendo um de seus braços quebrado.

Diante das reclamações da pobre Clara, seu pai, o juiz Stahlbaun, entrega à filha o seu quebra-nozes como propriedade exclusiva, tendo Fritz que sair para brincar com os seus brinquedos.

Logo em seguida, Clara pega no chão o braço de quebra-nozes e o consola, abraçando-o até que ele durma, e ela mesma também acaba dormindo.

Clara então sonha que volta ao esconderijo onde havia colocado o seu quebra-nozes, mas encontra o salão cheio de ratazanas enormes que o seu padrinho Dosselmeyer criou. A casa desapareceu e no lugar onde ficavam os móveis estavam árvores gigantescas.

Não foi só isso que mudou: o Quebra-Nozes de Clara agora é um soldado de carne e osso e que tem às suas ordens um pelotão de soldados como ele.

Começa uma batalha entre as ratazanas e o pelotão do Quebra-Nozes. Jogando enormes sapatos até às ratazanas, os soldados vencem a batalha, e com isso o rei das ratazanas e seu exército fogem rapidamente.

O bosque se transforma numa linda estufa de inverno e o Quebra-Nozes transforma-se num lindo príncipe, que leva Clara até o Reino das Neves, onde a apresenta ao rei e à rainha. Fim do 1º Ato

Ato II

Clara e o príncipe Quebra-Nozes despedem-se e seguem para o Reino dos Doces pelo Caminho da Limonada, onde pastéis de todos os reinos do mundo dançam com os dois.

Depois desse sonho tão mágico e fantástico, Clara acorda e percebe que havia sonhado, e fica triste por isso. Assim, vai se despedir do padrinho mago, que tinha ido para casa na companhia do sobrinho. Então, para surpresa de Clara, o tal sobrinho é na verdade o príncipe Quebra-Nozes. Assim acaba o 2º Ato.

Link wiki...



Agora lendo a história do Quebra-Nozes é que me dou conta... Tá explicado então!
Eu digo que sou uma pobre metida e com bom gosto.
Não me recordo precisamente quando foi, mas acho que tinha uns treze, quatorze anos, já estudava à noite e já trabalhava de dia, cheguei da escola, liguei a TV e estava passando este espetáculo. Só tive tempo de sentar no sofá e ficar "estátua", até o balé acabar, completamente fascinada, quase sem piscar.
Que coisa mais linda.. E me lembro que terminou bem tarde, mas fiquei ali sem nenhum sono e sabendo que no outro dia teria que acordar bem cedo novamente.
Foi paixão à primeira vista.
Depois disso, apesar de pouca ferramenta para pesquisa, comecei vez ou outra, ouvir obras de ópera. Tá certo que não me recordo de nenhum nome, mas para mim isso é irrelevante. Não quero me tornar especialista, nem entender o que dizem e nem escrever à respeito.
Só gosto muito. Ópera, tenores e tudo ligado a isso. Sou péssima para guardar nomes, mas me lembro do que vi, gostei e se ver de novo, vou me lembrar que já vi.
Gosto refinado? Não sei! Contando que minha família é bem simples, sertaneja de raiz, caipira do interior e eu sempre gostar desse tipo de música... Não sei explicar.
Acho que sem entender nada, mas sentindo tudo o que se passa... Talvez isso que eles queiram passar. Eu entendo tudo, do meu jeito, no meu tempo, com muita emoção, de coração aberto e às vezes com lágrimas nos olhos.
Pobre metida a ter bom gosto!

6 comentários:

  1. Oi, Clara..
    rsrsrs, não é uma questão de ser pobre ou rico, é que a Arte nos provoca sentimentos bons, ela foi criada para nos sensibilizar...Feliz daqueles que conseguem ter acesso à Arte, ou se aproximarem por si próprios, que foi o seu caso. Felizmente aqui em "Blu" temos uma Companhia de Balé do Bolshoi, da Rússia. Nossa cidade foi escolhida por eles para ter uma sede aqui....hummmm, Adoroooo. Mas o meu sonho mesmo é que tivesse patinação no gelo, pois aqui é frio e poderia ter esse incentivo....nunca estamos contentes...hehehe, mas é que são sonhos, né?
    Bjs,

    Sapatinhos da Dorothy

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  2. Clara,

    Se Tchaikovsky (escreve assim?) lesse este texto ele se emocionaria tanto quanto você se envolveu e emocionou com a obra dele. Essa emoção independe de ser rico ou pobre, nasce nas almas privilegiadas capazes de admirar o BELO.
    Texto emocionante!
    Girassóis nos seus dias. beijos

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  3. Ter bom gosto não é questão de ser pobre ou rico, é saber fazer boas escolhas, e você com toda certeza você tem bom gosto de sobra...
    Grande abraço!Paz e bem!!

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  4. Eita a Clarinha tá chique mesmo .

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  5. Clara

    Emoção não tem cor, condição social
    nem religião, vem da alma .O jeito
    que você escreve é lindo e faz a alma sorrir.

    beijos

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  6. Clara, querida!
    Também gosto de ópera e sonho em um dia ir assistir uma em um grande teatro. Gosto de música clássica tb.
    Esse balé é lindo. Mágico. Tb o assisti qdo era pequena, na tv, não sei porque, nem quando direito. Mas foi fascinante!!! Daí quis porque quis fazer balé: mas não deu, eu odiei o balé e me vestir de abelinha :/
    Beijinhos

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