quinta-feira, 31 de março de 2011

Isso dói...

Uma das coisas mais fascinantes da vida, de minha vida é ser mãe. É inexplicável, não cabe dentro do coração, é incondicional. Sim, eu abri mão de profissão, que sei que seria promissora, pra cuidar de meus pequenos. Como é que eu ia deixar aquelas coisinhas lindas, loirinhas, olhinhos azuis, nas mãos de outra pessoa que não fosse eu? Fiz e não me arrependo.
Mas às vezes isso dói. Porque não basta você estar do lado cuidando, você tem que educar, ensinar, mostrar o caminho, guiá-los pra a vida e não pra barra de sua saia.
É difícil dizer não, mas é necessário. E dói... dói tanto que a gente nunca se esquece de todos os 'nãos'  ditos a eles.
Não podemos abrir mão de uma boa educação, e o papel mãe (falo de mim) é sacrificante e prazeroso ao mesmo tempo.
Quando crianças, dizemos não, eles abrem o berreiro, mas basta um assunto mais interessante e eles param e se esquecem porque estavam chorando.
Nós adultos deveríamos, às vezes, ter essas crises de choro como fazem as crianças. Berrar, soluçar, até ficar rouca... é necessário... Ninguém vai nos acudir ou nos distrair a atenção para pararmos, mas relaxa, coloca pra fora toda a angústia, a agonia, o incômodo tão comuns no ser humano.
Mas quando adolescentes, a gente fala uma, duas, dez, cinquenta vezes, eles concordam mas não colocam em prática.
E nós mães, que temos um pouco mais de vivência e amamos demais não nos resta outra coisa a não ser falar de igual pra igual. Com dureza, o português claro, doendo no fundo da alma, mas necessário pra quem sabe acender aquela luzinha na cabecinha deles e entender o que eles estão fazendo da vida, que vai refletir lá na frente, mas como são jovens não conseguem enxergar.
Isso dói, mas dói muito, porque depois do aviso, a única coisa que fazem é ficar arrastando o beiço pela casa dias e dias.
E fazem questão de nos olhar, ou não olhar, e nos fazer entender que estão dizendo: 'mãe, não te amo mais!"
Isso nos destroi, corroe o coração, a alma. Mas se é pro próprio bem deles aguentamos firmes, e esperamos por alguns dias pra que tudo volte ao normal. E volta! Mas nesse meio tempo o sofrimento maternal também é incondicional.
Mãe deveria ter vários corações, em várias partes do corpo, minúsculos, mas funcionais.
Às vezes tenho a impressão de que não vou aguentar... Mas Deus com sua perfeição e sabedoria nos olha nos olhos e diz: "Calma, filha, isso também passa".
Obrigada meu Deus, por ter me emprestado esses filhos maravilhosos pra eu cuidar. Dou minha vida por eles, dou minha alma, meu coração, e todo o meu amor incondicional. E prometo cuidar deles, fazê-los cidadãos decentes, honestos e dignos de passar por essa vida de cabeça erguida e com orgulho de serem o que são. Amém!

E aí estão os donos do meu coração....

Leonardo

Amanda

3 comentários:

  1. Seus filhos são super... dois jovens lindos... Parabéns Clara.. Não há motivo para que sinta dor... Felicidade está estampada neles.
    Dizer não é muito positivo em uma educação .. Eles não lembrarão da palavra não.. e sim do sufixo "ão" como gratidão ;)
    Besos linda.

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  2. Eles vão perceber isso qdo deixarem de ser filhos e passarem a ser pais. Como aconteceu comigo... e com todos... Mas a gente ama tanto que não tem como sofrer.
    São lindos mesmo, né....

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  3. Linda prole Clara. Parabéns!!!
    Deus abençoe sua família.

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